Rodolfo Juarez

Neste sábado o prefeito de Macapá completa 100 dias governando a cidade de Macapá. É momento para avaliar as realizações e outros aspectos, especialmente os resultados da administração municipal no período.
O município de Macapá foi governado, até o dia 31 de dezembro do ano passado pelo prefeito Clécio Luis, que saiu com uma aprovação de 74%. O prefeito Antônio Furlan, que começou a cumprir o seu mandato no dia 1.º de janeiro deste ano entrou prometendo um conjunto de 46 projetos nas áreas: Administração (7 projetos), Direitos Humanos e Sociais (5 projetos), Habitação (1 projeto), Economia (2 projetos), Educação e Cultura (7 projetos), Esporte (1 projeto), Turismo (5 projetos), Infraestrutura (2 projetos), Mobilidade Urbana (4 projetos) e Saúde (12 projetos).
Dá a impressão que, quando da elaboração do Plano de Governo para o Município de Macapá não foi levado em consideração o Orçamento Municipal para 2021, incluindo o Orçamento da Previdência Social, um pouco mais de que R$ 1,2 bilhões.
Certamente não foi estimado o custo de cada projeto nem mesmo as estratégias para financiá-los. O fato é que, neste momento, o município não tem suporte financeiro para essas obras e a informação é de que será buscado, junto a Bancada Parlamentar em Brasília, suporte para alguns dos projetos, entretanto, até agora, neste ano sem eleição, os deputados e os senadores estão cuidando de emergências para o enfrentamento da covid-19.
Mas promessa é promessa, e plano se faz, no mínimo conhecendo ou prevendo as condições financeiras do município, no caso o de Macapá.
Outra questão são os recursos disponíveis para a prefeitura tocar as obras que estavam em andamento até o começo de janeiro.
Ninguém entende porque obras importantes e serviços de engenharia foram parados, por ordem da Prefeitura ou insegurança do empresário, até segunda ordem. As obras complementares, como linha d’água, meio fio e calçada da Rua Claudomiro Moraes; os serviços complementares para que as Avenidas Padre Júlio e Cora de Carvalho passem a ser utilizadas com mão única, já estando parte da sinalização executada.
Cada um da cidade deve considerar importante conhecer os 46 projetos propostos pelo prefeito e recomendar uma ação técnica para que não haja desperdício de dinheiro fruto dos tributos pagos pelos contribuintes residentes me Macapá.
Os vereadores, sem exceção, estão num de escondidos, fazendo o trivial e sem discutir o plano do prefeito. A Câmara Municipal de Macapá teria (ou tem) a obrigação de dissecar cada um dos 46 projetos, estimando os recursos necessários e propondo um cronograma e, em documento, debater com o povo uma proposta exequível.
Macapá precisa ter suas propostas hierarquizadas. Não é porque precisa dispor de ofertas de serviços vários que estes serviços sejam começados num mesmo tempo e, pior não tendo os recursos para concluí-los e se transforma em um elefante branco ou ficando o serviço pela metade ou apenas no canteiro.
Já bastam os exemplos do Píer do Bairro Santa Inês e o Canal da Mendonça Júnior que estão há 10 anos completamente parados.
A Câmara de Macapá ainda está entocada, sem progredir para buscar a transformação da cidade ou, pelo menos, recuperar o que chegou a ser noutros tempos.
Estes primeiros 100 dias da Administração do município de Macapá não são exemplo para nenhum outro município.