A engenheira Deusvany Costa, com dez anos de experiência no mercado, avalia as muitas mudanças.
As mudanças ocorreram em relação ao passado recente. Mas, para elas, deve ser ampliado ainda o número de oportunidades.
“Na minha trajetória, deixo em destaque a aceitação. Esse obstáculo (a falta de receptividade) foi extinto de forma geral rápido, pois obtive credibilidade dos meus colegas em pequeno tempo. Na minha área tem um número significativo de mulheres”, pondera ainda.
Desde 2014, as grandes empresas são signatárias dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, uma iniciativa também da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres, com objetivo de empoderar as mulheres para que participem integralmente de todos os setores da economia e em todos os níveis de atividade.
Além disso, também com o intuito de colaborar para diminuir as diferenças históricas e culturais em relação às mulheres no mercado de trabalho, foi criado, em 2016, o Projeto de Equidade de Gênero, em que uma das principais propostas é reconhecer e promover o talento feminino.

Informações do mercado
– Desigualdade econômica entre gêneros: De acordo com relatório de 2019, do Fórum Econômico Global (WEF), a média global para eliminar a desigualdade econômica entre os gêneros é de 99,5 anos, e o Brasil está na 92ª posição, num ranking de 153 países.
– Mulheres no mercado de trabalho brasileiro: Representam 44% em todas as indústrias e 13% na indústria de mineração. Dados da Secretaria de Trabalho/ Ministério da Economia e Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
– Contratações de mulheres no mercado internacional: Mão de obra feminina é absorvida em 48% em outras empresas e 37% nas mineradoras. Dados do relatório da Mckinsey Diversidade e Inclusão de Gênero na Mineração, de 2018.

Deusvany Costa, engenheira de produção.