Josiel Alcolumbre

Jornalista
A primeira chuva com maior densidade e intensidade ocorrida no último sábado, no começo da noite, em Macapá, serviu para mostrar que nada mudou com relação à drenagem da capital.
Ruas alagadas, bairros completamente isolados, residências com água pelo joelho dos moradores, veículos com água entrando pela porta, lojas com prejuízos que não foi possível evitar e a mesma lenga-lenga dos administradores que trouxeram para a chuva, e no sábado, uma equipe que, decididamente, não se preparou para as dificuldades do inverno amazônico, em Macapá.
Para se ter uma ideia, o sistema usado para comunicação era o grito. Pode?
Foi uma repetição de tudo o que acontece todos os anos na cidade. Com a diferença que já havia uma estrutura para atuar nesses momentos. Os personagens da prefeitura não se preparam e foram tomados de “surpresa”.
Até agora não sei o porquê da surpresa!
Deviam ter conversado com a equipe que esteve durante oito anos enfrentando, também sem domar completamente o problema, mas que estavam preparadas para enfrentá-lo de tal forma que a população, principalmente aquela diretamente atingida, já conhecia aqueles que vinham tentando, ao longo dos anos, enfrentar esses momentos provocados pela chuva.
As promessas dos atuais administradores e do próprio prefeito e sua vice-prefeita (que sumiu) era de uma cidade diferente, pronta para enfrentar o inverno que todos sabem, vai acontecer.
O primeiro tempo a chuva venceu de goleada.
O que vai acontecer de agora em diante?
Aí ninguém sabe!
A confirmação de que a promessa do prefeito já foi para as cucuias nas preliminares do inverno, ainda no meio do mês de novembro, é o que a população tem de concreto, como de concreto tem os prejuízos que todos os que tiveram a sua residência invadida pelas águas da chuva por falta de drenagem.
Esta semana será a semana das justificativas, sem objetivar a realidade pois, além de não conhecerem o motivo, também não conhecem a solução.