Rodolfo Juarez
Venho observando pessoas alardeando anúncios, por diversos meios de comunicação, incentivando investidores a desenvolver projetos econômicos em áreas do Amapá sem qualquer substância legal ou segurança jurídica.
São proposta que não encontram apoio nos raros programas que foram estruturados no estado no sentido de servir de suporte para matriz econômica proposta pelos governos, alguns preservacionistas, que tem como matriz original o Programa de Desenvolvimento Sustentável, estrutura no governo do PSB e que não foi dado seguimento no governo do PDT, sob a alegação explicita de retrocesso.
As tentativas de estabelecimento de programas de desenvolvimento para o estado por parte dos pensadores do PDT acabaram por esbarrar na fragilidade das propostas, entendidas como impossíveis de serem implantadas em terras que pertenciam à União.
Recentemente os mesmos pensadores pedetistas, mesmo de outras matrizes ou sob outras orientações, voltaram à carga às vésperas das eleições e propuseram programas e projetos como alguns títulos fora do comum, expondo na mídia local como “a última bolacha do pacote”.
Claro que não chamou a atenção de ninguém e os poucos que receberam os detalhes dos projetos de desenvolvimento sem futuro, acabaram esquecendo logo e não avançando para a estruturação legal por razões imaginadas com facilidades, mas que desacreditam como projetos que podem gerar emprego e renda.
Neste aspecto, enquanto os técnicos do Governo do Estado continuarem imaginando projetos que não servem para o desenvolvimento local, exatamente porque não geram o esperado emprego e muito menos a renda que pode sustentar os empregos e a boca aberta, sempre insaciável, do lado daqueles que conduzem a política tributária local.
Assim vamos terminar mais um governo que, depois de quatro anos de mandato, tendo como governador substituto um conhecido empreendedor local, onde tantas expectativas foram colocadas e que o seu período de mando não durou mais de o dia seguinte da posse.
Não fica difícil observar que os projetos propostos com a promessa de gerar empregos, fortalecendo a renda, não passam de tentativas equivalentes a cultivar mururé no deserto.