Josiel Alcolumbre – Jornalista
Enquanto os números de casos se acumulam e modificam, rapidamente, o cenário da Covid-19 em Macapá, o prefeito do município continua patrocinando, irresponsavelmente, a aglomeração de pessoas em uma programação politiqueira, onde os próprios servidores do município são intimados a estar presentes.
Na outra frente, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, o desembargador Romel Araújo de Oliveira, baixa a Portaria 66144/2022-GP, com data de 14 de julho, determinando que, “a partir de 15 de julho de 2022, o uso obrigatório de equipamentos individuais de proteção, como máscara e álcool em gel 70%, para todos os magistrados, serventuários, colaboradores, prestadores de serviço e usuário do Sistema de Justiça do Estado do Amapá, durante a permanência em qualquer dependência nos prédios da Justiça Estadual amapaense, com vista ao combate ao Coronavírus/Covid-19”, em uma atitude clara de precaução e responsabilidade.
Será que o prefeito-médico não teria a sensibilidade de perceber isso antes de qualquer outro agente público?
Claro que teria.
Mesmo assim, mantêm uma programação que favorece à proliferação do vírus, aglomerando pessoas sem qualquer cuidado sanitário, considerando o momento em que os números de acometimento de Covid e de internação hospitalar por causa disso, cresce de forma visivelmente descontrolada.
O procedimento do prefeito, facilitando as aglomerações em um projeto disfarçado de entretenimento e que tem cunho político-eleitoral, coloca os funcionários da prefeitura e a população do município em risco real, tendo como objetivo principal, impressionar o eleitor e seu candidato a qualquer custo, inclusive do sofrimento.
A rede municipal de saúde já está sentindo falta precisa de medicamentos, correlatos e pessoal técnico para atender à população que está ficando até por até 6 horas seguidas, esperando por um teste de Covid e um atendimento médico inicial.
O prefeito dá a impressão que ainda não compreendeu o que está acontecendo ou, noutro rumo, pouco está se lixando para a o sofrimento ou a vida da população de Macapá.