Rodolfo Juarez
A definição da Democracia ganha contornos que chegam, e as vezes ultrapassam, a raia da imprudência, da provocação e do respeito.
Os detentores do conhecimento provocam um ao outro, e cada um, rebuscando definições para esse paradigma conceitual que, antes, por si só, se defendia e que nestes tempos se encontra dentro de uma gigante circunferência de definições, cada uma parecendo mais distante do eixo e, sem dúvida, do ponto central da bola.
As autoridades não se conformam em falar o que sabem e desandam em interpretações que deixam dúvidas até para o leigo, imaginando, conforme o cargo que ocupa, que dali pode se colocar como um mestre a dar lição de comportamento democrático a “Deus e ao mundo”.
Isso é um grande e grandíssimo, absurdo!
Mesmo assim, seguem eles dando definições, interpretações e chegando a conclusões completamente desalinhados com as suas próprias definições de democracia quando, noutros cenários, havia acumulado outros indicadores do que é esse modo de compreender os direitos de cada um e a máxima de que “o meu direito começa onde termina o seu”.
O que se observa é que, até mesmo as pessoas que teriam a responsabilidade de dar a palavra final, são aquelas que fogem dessa palavra final, deixando boquiaberto aqueles que esperavam outro comportamento.
Chegam ao ridículo de se fazer reunião para mostrar ao povo como é, de verdade, a definição de democracia. No primeiro momento, quando estão essas autoridades com as portas fechadas, chegam a uma conclusão, a um “modelo” de pronunciamento, mas quando abre a porta e vêem o sol, muda tudo ou quase tudo.
Será que o astro rei, o Sol, é o responsável pelo “amolecimento daquelas moleiras”? Ou é o sol que, com sua majestade faz os “entendimentos” entabulados se desfazerem como pó ao vento?
Não possível que todos falem da mesma democracia!
São mulheres e homens experimentadas e experimentados que acumulam falas e definições sobre democracia. Chega uma hora que a confusão é tão grande que não têm condições de chegar a uma conclusão e, nesse momento, vai tudo a perder, ou então a democracia é mesmo uma grande bola, onde se distribuem a parte.
É como se a democracia fosse igual ao globo terrestre, onde estão localizados vários países e cada país com um governo. Para identificar quem é o chefe se elege um presidente, ou se aceita um ditador, ou seja lá o que for.
Assim como os países estão distribuídos no globo terrestre, os que opinam sobre democracia, estão distribuídos o globo da democracia. Ocorre que, nessa hipótese os argumentos não se tornam vitoriosos porque não tem regra, cada um faz a sua.