Rodolfo Juarez

As rodovias federais e estaduais que são usadas para o trânsito de veículos de carga e de passageiros por todo o Estado do Amapá não são de uma classe que permita, depois de 33 anos de instalação do Estado do Amapá, segurança adequada para aqueles que precisam se deslocar ao longo das rodovias locais.

São rodovias que estão, em sua imensa maioria, apenas implantadas e, quando asfaltadas, não são classificadas por não atender aos critérios que servem de parâmetro para medir a qualidade da rodovia.

Outros elementos técnicos também contribuem para impossibilitar a classificação das rodovias que estão funcionando pelo território do Estado do Amapá. Sinalização horizontal, sinalização vertical, especialmente nas regiões onde o condutor enfrenta curvas fechadas, longos trechos de reta, trecho de subida ou descida de ladeira, como também de material solto, o que ocorre, com frequência durante o verão, são fatores que tornam as rodovias inseguras, arriscadas e desanimadoras.

As rodovias locais, em regra, não têm acostamento e, com isso, a proteção dos condutores e dos passageiros por ocasião de uma troca de pneus ou para uma rápida parada, se transforma em um risco que pode ser o causador de uma tragédia.

As rodovias, tanto estatuais como federais, não têm pontos que permitam comunicação e isso pode determinar o sucesso ou o insucesso de um socorro, ficando a pessoa que carece de atendimento, à mercê de alguém que passe com um meio de comunicação que alcance os sinais dos socorristas, ou que possa levar um recado para a comunidade mais próxima

Por outro lado, a fiscalização é procedida como se a rodovia fosse de primeira classe, com o policiamento ostensivo exercido em postos de localização não conhecida e que estão aptos a surpreender o condutor.

O mapa rodoviário do estado, contando com as rodovias federais, estaduais e municipais, tem definição operacional apenas da fiscalização, principalmente quando se trata de uma operação especial como Carnaval, Natal, Finados, ou evento festivo em uma das sedes municipais.

Por aqui, nas rodovias, os condutores têm que entender que precisam dirigir veículos leves ou pesados, de carga ou passageiros, com cautela redobrada e atenção aos obstáculos naturais ou aqueles criados pelo homem no intuito de surpreender o condutor menos avisado ou descuidado.

Outra importante circunstância que precisa e deve ser considerada é a falta de terminal. Nem mesmo a capital conta com um terminal adequando e que sirva de orientação para os passageiros que saem ou que chegam. O terminal que está instalado na Zona Norte da Capital não atende mais às necessidades nem dos passageiros. E é só esse terminal e nem mais outro.

Os projetos em desenvolvimento são lentos, caros e descontinuados. Exemplo é a BR-156 que corta o Amapá de Norte ao Sul, a rodovia mais antiga em construção no Brasil, é considerada a mais importante para o desenvolvimento local. Se esta não termina, então nos preparemos para ter paciência com as outras.