Moradias inseguras e precárias alojam idosos e crianças em condições inacreditáveis.

A volta pra casa mostra a frente da moeda que representa o dia a dia de muitas famílias em Macapá (Foto: Crystofher Andrade e Nayara Magalhães/GEA).

A dona de casa Jaciara Silva, de 32 anos, perdeu todos os móveis e eletrodomésticos da casa onde vivia, em virtude dos alagamentos em Macapá. Ela buscou ajuda no Centro de Acolhimento montado pelo Governo do Amapá na Escola Reinaldo Damasceno, após as fortes chuvas que atingiram a capital no início da semana.

Moradora do bairro do Muca há mais de quatro anos, ela conta que foi a primeira vez que precisou sair de onde morava, abandonando tudo o que lutou para conseguir.

“Minha casa foi toda para o fundo e perdi tudo o que batalhei para construir. A parede corre o risco de ceder e temos medo de voltar para aquele lugar. Parte do telhado caiu na cozinha e no quarto, molhando todas as roupas. Agora tenho a oportunidade de me reconstruir e recomeçar uma nova história”, afirmou a moradora.

Na escola, Jaciara recebe kits de alimentos, limpeza, higiene, roupas, calçados, camas e eletrodomésticos. Além disso, a pequena cachorrinha que mora com ela é alimentada com ração, distribuída pela Secretaria de Estado do Bem-Estar Animal.

Macapá ainda está longe de ser um lugar seguro para os seus moradores. Além dos problemas com as chuvas que a cada ano se agigantam, ainda sobram,  depois das chuvas, problemas que afetam a saúde dos moradores, suas condições de sobrevivência são colocados à prova, aflorando a miséria e a fome.

 Ação do Governo

Para minimizar as consequências da chuva no seio das famílias diretamente afetadas a Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), seguiu com as ações de atendimento da população atingida pelos impactos dos alagamentos em Macapá.

No sábado, 17, a secretaria realizou visitas nos bairros do Muca, Nova Esperança, Congós, Jardim Marco Zero, Cidade Nova e Pacoval, com serviços de acolhimento “in loco” de 218 famílias através do Programa Acolher Amapá, totalizando 872 pessoas atendidas.

No Centro de Acolhimento do Estado, na Escola Estadual Reinado Damasceno, localizada no bairro Novo Buritizal, 20 famílias seguem abrigadas, totalizando 80 pessoas que estão recebendo café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, medicações, roupas, calçados, colchões e kits dormitórios (contendo rede, lençol, travesseiro e mosqueteiro), além da entrega de fraldas pelo Serviço Socioassistencial da 1ª Infância.

Outras 73 famílias procuraram os serviços do Acolher Amapá no polo de atendimento, montado na escola, totalizando 292 pessoas. Devido o nível da água estar baixando, as famílias estão solicitando o desabrigamento voluntário, mediante assinatura de termo de responsabilidade. Até na sexta-feira 50 famílias optaram por retornar para suas casas.

Além da Assistência Social, outras secretarias também integram a força-tarefa do Governo do Amapá que está atuando em várias frentes de trabalho.