Josiel Alcolumbre
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Mais uma vez vem o Governo do Estado, aliado ao Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), anuncia obras na BR-156.
Já se tornou lugar comum esse comportamento que sempre tiveram o claro objetivo de diminuir a pressão que tanto o governo do estado como o governo federal recebem durante os períodos de chuva que acontecem, todos os anos, na região onde os serviços já deveriam estar prontos há muito tempo e que só não foram concluídos pela falta de compromisso do próprio governo e do Dnit.
Desde 2013, ainda no governo anterior, que se marca esta data e, mesmo assim, os atoleiros se repetiram durante cada um dos períodos de chuvas daquele mesmo ano e dos anos seguintes até este de 2018, criando imensas dificuldades para os usuários, além de enterrar uma fábula de dinheiro com paliativos e retrabalho.
Agora, mais uma vez, se reúnem o governador do estado, o superintendente do Dnit e mais o deputado federal que se diz “dono” do Dnit, para anunciar, mais uma vez que foi dada a ordem de serviço e que os trabalhos começam no próximo mês de julho.
Ora, anúncios de retomada deste mesmo trabalho, com ordem de serviço e tudo, já foram feitos em 2105,2016, 2017, só para reduzir o espaço temporal para a atual gestão, entretanto, logo em seguida vieram as desculpas e, às vezes, nem isso, imaginando que os usuários da rodovia haviam esquecido dos atoleiros, dos lamaçais, das dificuldades, do tempo perdido e dos riscos passados naquele trecho onde os veículos só passavam, no período de chuva, puxados por máquinas de esteira.
O que não dizem os senhores responsáveis pelo governo do Amapá, pela superintendência do Dnit é que a cada ano são pagos duas estruturas, uma inclusive, apenas com o fim de cuidar das rodovias federais – o Denit; e outro dos interesses diretos do Estado – o Governo, além de contar com um deputado federal que sempre se mete entre os dois gestores – um do Estado outro do Dnit/AP – pretendendo obter dividendos políticos.
Enquanto isso ninguém acredita mais e os registros feitos por ocasião daqueles encontros entram para a lenda folclórica dos que estão no poder.
Por isso a mudança tem que ser agora, urgente, e por não haver espaço para esperar o que precisa ser feito e até para a esperança de que um dia essa rodovia federal, a mais antiga do Brasil em construção, possa ser dada como concluída.