Josiel Alcolumbre
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O cenário político amapaense passa por momentos cada vez mais delicados diante de tantos problemas noticiados diariamente pela impressa.
Ocorre que, há muitos anos o povo entendeu como funciona a política por aqui, bem como sabe também da falta de moralidade e ética de diversos políticos, porém com o passar dos anos toda sociedade tende a evoluir, ainda que a passos lentos, e a população começa a entender que a política faz parte do seu cotidiano, ou seja, a política não é um fenômeno isolado.
Muitos são aqueles que tentam explicar que o problema da política amapaense é uma questão de cunho histórico, no entanto, a história deve servir como parâmetro para que erros do passado não se repitam. Tão somente isso.
A história não pode ser usada para justificar uma grande quantidade de políticos que se acomodaram a ditar a política com base na falta total de moral e ética.
Neste momento que antecedem as eleições de outubro de 2018 estamos presenciando mais um desafio à inteligência do eleitor, quando, sem qualquer escrúpulo, o deputado federal mais votado na eleição de 2014, negocia e deixa o mandado para ser exercido por quem está impedido judicialmente, como um desafio ao eleitor e à própria Justiça Eleitoral.
O impedimento daquela que tomou posse na Câmara Federal está sendo pedido pelo Ministério Público Federal, ciente de que a empossada não pode assumir cargos públicos, além do que, os quatro suplentes que a antecedem na ordem do eleitor não disseram nada, em séria afronta à vontade do eleitor.
Parece que vale tudo para o político e na política, mesmo sem que o principal interessado, o eleitor tenha todas as explicações de medidas tomadas por aqueles que acham que os fins justificam os meios, mesmo com estes meios sendo completamente carregado de vícios insanáveis.
Para exercer qualquer mandado é necessário que o postulante atenda o que ordena a soberania popular na Constituição vigente, onde está claramente definido que: “são condições de elegibilidade o pleno exercício dos direito políticos”.
Está assim constatada a falta de ética e a tentativa de ludibriar a ordem constitucional e a legislação vigentes, bem como a falta de decoro de todos aqueles que se envolveram nessa malandragem para tirar vantagem eleitoral para si e para terceiros.