Josiel Alcolumbre
As eleições de outubro de 2018 serão um desafio para os eleitores e os candidatos, cada um com responsabilidades diferentes. O candidato, com a obrigação de mudar o modo de governar, e o eleitor, com a obrigação de escolher o candidato que tem a possibilidade de efetivar mudanças.
Os eleitores estão surpresos com as poucas alternativas oferecidas, principalmente para o cargo de governador do Estado. Declaram que esperavam mais, principalmente dos partidos políticos que estão preferindo juntar-se em coligações e, com isso, reduzindo a oferta de alternativa.
Pode ser que durante os últimos 24 anos, ou mesmo todo o tempo que o eleitor passou a ter o dever de escolher os seus governantes e representantes, as próprias lideranças se defendiam evitando o aparecimento de concorrentes, um modelo próprio do coronelismo e que veio para o Amapá trazido pelo ex-eleitor e ex-senador pelo Amapá, José Sarney.
Mesmo assim a “velha raposa” continua sendo cortejado por candidatos que precisam tomar uma decisão e acreditam nos métodos do ex-presidente que influenciou, diretamente, na política amapaense durante 24 anos seguidos e que deixou uma herança comportamental que atrasa o desenvolvimento do Amapá.
Mas é o eleitor que está com a decisão e a incumbência de modificar o ar da gestão, alterar o rumo da administração e garantir ao Amapá o direito de mudar suas linhas que podem retirá-lo do atraso, da pobreza, da inapetência e indicar ao povo métodos eficazes que tragam retorno e felicidade para a população.
Fechar esse ciclo é necessário e urgente. Precisa começar logo, no primeiro dia de 2019, organizando o desorganizado Estado do Amapá e instaurando uma perspectiva de desenvolvimento que pode mudar o status da população amapaense, ávida por oportunidades para seus jovens componentes e a garantia de que vale a pena continuar por aqui quando a aposentadoria chegar.
Inverter o fluxo do investimento das famílias é uma necessidade. A poupança acumulada aqui precisa – pelo menos parte dela –, ser gasta aqui. No momento tem outros destinos, resultado da incerteza e da desconfiança na qualidade de vida oferecida agora e no futuro próximo.