O projeto MP vai à Escola está de acordo com as orientações do Conselho Nacional do Ministério Público
O Ministério Público do Amapá (MP-AP) iniciou uma nova fase do Projeto “MP vai à Escola”, uma iniciativa de prevenção primária à corrupção, que tem mobilizado a comunidade escolar de dez unidades de ensino de Macapá e Santana, incluindo a zona rural.
Após visitas e palestras de lançamento, iniciou nesta segunda-feira (25), a fase de capacitação do corpo técnico, realizada no terraço da Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco.
O objetivo da oficina de formação teórico-metodológica para gestores, técnicos e professores é instrumentalizar esses profissionais sobre os conceitos e temas relativos à prevenção da corrupção (cultura, sociabilidade, valores, ética e cidadania), visando a introdução dessas temáticas nos componentes curriculares ministrados por eles.
Em sintonia com as orientações do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a iniciativa do MP-AP também visa contribuir com a educação para a ética e a cidadania, por meio de atividades desenvolvidas junto aos estudantes das escolas públicas estaduais e municipais.
“Não vai ser fácil. Pode até ser que não consigamos nada, mas se não tentarmos jamais saberemos. Pais e professores podem fazer toda a diferença na vida dessa garotada, que hoje só pensa em goleada do Brasil. Não tem nada de errado nisso, desde que não levemos goleada em tantos outros aspectos todos os dias em nosso país”, comparou o procurador-geral de Justiça, Márcio Alves.
Integrados às dinâmicas realizadas em grupo, os membros do MP-AP puderam trocar informações, experiências e formas de abordagem da temática. Em determinado momento da oficina, um texto do Mahatma Gandhi sobre os valores que destroem os seres humanos foi compartilhado para reflexão.
“O texto foi preciso porque traz a responsabilidade para cada um de nós. Não tenho a pretensão de mudar a sociedade. Eu busco pela minha transformação pessoal, pela minha mudança como ser humano. Penso que esse é o primeiro passo se quisermos contribuir para uma sociedade melhor”, manifestou o promotor de Justiça Afonso Guimarães, titular da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, da Probidade e das Fundações de Macapá (Prodemap) e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Círculos de Diálogos
O Círculo de Diálogo foi conduzido pelos professores Ana Maria e Batista, precursores em utilizar a metodologia restaurativa em ambientes educacionais no Amapá, o que contribuiu para a sensibilização dos profissionais, com a introdução dos temas prioritários de forma lúdica e participativa.
Além das oficinas, o MP-AP promoverá rodas de conversas com os alunos, utilizando os “Círculos de Diálogos”, uma metodologia de Justiça Restaurativa; oficinas de produção audiovisual e, por fim, uma mostra do material produzido, com premiação das escolas vencedoras.
Ilzinete Souza, pedagoga da Secretaria Municipal de Educação, destacou a relevância da iniciativa. “Já trabalhamos a questão da corrupção com os nossos alunos e ganhamos um reforço com a parceria do MP. Fortalece a nossa prática em sala de aula e nos mostra que é possível sim mudar. Nosso país tem jeito”.