O Estado não encontrou o caminho do desenvolvimento e o número de desempregados cresce e assusta os trabalhadores
As demissões nos setores de comércio e de extração mineral no Amapá deixaram o mês de junho com a pior resposta da economia em 15 anos. O saldo absoluto de emprego formal no estado, em junho, foi de menos 536 postos de trabalho formais.
Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho.
Desde 2003, quando o número de demissões e o número de contratações começaram a ser monitoradas, o estado apresentou no ano de 2018 o pior junho. O saldo negativo de postos é resultado de 1.663 admissões contra 2.199 desligamentos de profissionais com carteira assinada.
Em abril o Amapá teve 410 novos postos de trabalho, maio e junho apresentaram saldos abaixo de 100.
Apesar do resultado negativo, no acumulado do ano, o saldo do Amapá ficou positivo, com 814 postos ativos de trabalho.
Dos oito setores pesquisados pelo Caged, três tiveram alta no mês de junho: construção civil, indústria de transformação e administração pública. A queda foi registrada nas áreas do comércio, extrativa mineral, serviços e agropecuária. Serviços industriais de utilidade pública foi o ramo que o saldo de demissões e contratações resultou em zero.
Os números de contratações e demissões estão assim resumidos: construção civil (+ 63), indústria de transformação (+ 6), administração pública (+ 1), serviços industriais e de utilidade pública ( 0 ), agropecuária ( -2), serviços (- 72), extrativo mineral (- 123) e comércio (- 409)
No cenário nacional, o Ministério do Trabalho considerou que o emprego formal se manteve estável em junho. Foram registrados no mês 1.167.531 admissões e 1.168.192 demissões, resultando um saldo negativo de 661 vagas.
No acumulado do ano, o saldo ficou positivo em 392.461 empregos, um crescimento de 1,04% em relação ao primeiro semestre de 2017.
O Caged também divulgou o saldo de vagas nas três maiores núcleos cidades amapaenses e todas apresentaram saldo negativo, com menos contratações que desligamentos. Macapá terminou o mês com menos 344 postos de trabalho, Santana com menos 73 e Laranjal do Jari com menos 6 vagas.