O terceiro domingo do mês de agosto, mesmo alertando a todos que faltam apenas 48 dias para os eleitores escolherem um governador, dois senadores, 8 deputados federais e 24 deputados estaduais e, ainda o vice-governador e os 4 suplentes de senadores, não foi observado pressa para declarar as suas preferências.
O domingo passou sem que os candidatos fossem às ruas, muito embora desde o dia 16, quinta-feira, agentes da legislação eleitoral já anunciavam, por todos os meios possíveis, que começara a campanha nas ruas.
Os observadores não entenderam se a falta do movimento político está diretamente ligada às regras da minirreforma ou se os candidatos estão cheios de dúvida e precisam atender o alerta da Justiça Eleitoral e tomar conhecimento de como pode, ou não pode, se comportar durante a campanha de rua.
O Estado do Amapá foi uma das unidades da Federação que apresentou um dos maiores crescimento relativo no número total de eleitores aptos a votar no dia 7 de outubro, passando de 455.368 aptos a votar em 2014, ano da última eleição regional, para 512.110 eleitores aptos em2018, correspondendo a um crescimento de 12,46%.
Também cresceu o número total de candidatos, ultrapassando os 505 candidatos em 2014, passando para 675 que tiveram seus nomes aprovados nas convenções dos partidos políticos regulares no Tribunal Regional Eleitoral. A disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa é a que mais atraiu candidato. Este ano 504 candidatos querem ser um deputado estadual a partir de 2019. O salário e as mordomias são fatores de atração.
Também levam em consideração que, dos 24 deputados estaduais eleitos em2014, 3 não disputam a reeleição por impedimentos diversos e que, por isso, foram substituídos por suplentes, recompondo o quadro de parlamentares na Assembleia Legislativa. Destes, 14 mudaram de partido desde 2014 e 9 permaneceram no partido pelo qual foram eleitos e – apenas um não vai disputar a reeleição.
Outra disputa interessante se dá na raia federal, quando 122 candidatos disputam as 8 vagas de deputado na Câmara Federal. Na eleição de 2014 foram 103 candidatos disputando as mesmas oito vagas.
Dos oito deputados federais que estão com mandato em curso e que termina no dia 31 de janeiro de 2019, quatro mudaram de partido: Marcivânia Flexa, eleita pelo PT e está no PC do B; André Abdon, eleito pelo PRB e está no PP; Marcos Reathegui, eleito pelo PSC e está no PSD; e Josi Araújo, eleita pelo PTB e está no PODEMOS. Os demais (Roberto Góes, Janete Capiberibe, Cabuçu Borges e Vinícius Gurgel) permaneceram nos partidos em que foram eleitos em 2014.
Janete Capiberibe, dos oito deputados federais com mandato, é a única que não concorre à reeleição a uma cadeira na Câmara Federal. Janete quer mudar de ambiente e está candidata por uma vaga no Senado da República.
Assim, está difícil e acirrada a luta por uma das 24 vagas na Assembleia Legislativa e uma das 8 vagas na Câmara Federal. As contas são feitas desde agora devido à influência do quociente eleitoral, do quociente partidário e ainda a expectativa do que restar de vagas para serem ocupadas nas sobras, sempre muito esperadas.
Nas eleições majoritárias (governador e senador) o cenário muda, mas a dificuldade permanece. São cinco os candidatos ao cargo de governador, dos quais três têm chances de ir para o segundo turno.
Para o senado são duas vagas e um tiro só. 13 (treze) candidatos batem o recorde de concorrentes em uma mesma eleição.