Chegou o mês de setembro, o mês mais esperado pelos organizadores de campanhas políticas para as eleições de outubro. Chegou a hora de testar a eficácia do que foi planejado, apurando os resultados para comparar com o projetado.
Em um ano em que se bate recorde de candidatos, as eleições de 2018 estão mostrando para aqueles candidatos, que o tempo curto para que o eleitor avalie os candidatos acaba por dificultar as escolhas que não podem ser a toque de caixa, pois, assim, a possibilidade de erro aumenta.
Há muitos candidatos que ainda não conseguiram sair do lugar. A minirreforma eleitoral, assim chamada pelos legisladores, não é tão mini assim. Traz em seu bojo novidades que não foram percebidas nem pelos candidatos, nem pelos eleitores e, também, pelos organizadores.
O tempo curto da campanha eleitoral obrigou candidatos, partidos e coligações a planejar, cuidadosamente, a utilização do tempo e quem assim não procedeu está tendo muitas dificuldades para enfrentar a realidade.
Essa situação não está permitindo aos eleitores uma familiarização com o processo eleitoral, fato que está deixando muitos deles com dificuldades para entender o processo e, assim, tendo dificuldades para decidir em quem votar.
Até mesmo a equipe da Justiça Eleitoral se sentiu surpreendida com a necessidade de maiores informações ao eleitor, exatamente aquela informação que era dada pelos candidatos e que agora tem outras obrigações para desenvolver e atender durante a campanha e depois da campanha.
A distribuição do Fundo Especial de Campanha, que substituiu o financiamento de campanhas eleitorais bancadas por empresas através de doações, não foi bem entendido pelos candidatos que não participaram do planejamento da distribuição do dinheiro do FEC e que, agora, sentem-se prejudicados – principalmente pelo valor que lhes é disponibilizado para a campanha.
Até agora muitos candidatos ainda estão com dificuldades para mandar imprimir o seu material de campanha prejudicando, seriamente, o que haviam planejado para esse mês de setembro.