As pesquisas de intenção de votos ou pesquisas eleitorais realizadas por diferentes institutos de pesquisas, registradas no Tribunal Regional Eleitoral e divulgadas por diferentes órgãos de comunicação, refletem o comportamento contemporâneo do eleitor que tem a responsabilidade de votar no próximo domingo, dia 7 de outubro.
Por ser a que chama mais a atenção do eleitor, neste artigo estaremos tratando das pesquisas de intenção de votos para o cargo de Governador do Estado, inegavelmente a que prende mais a atenção dos observadores, dos apoiadores, dos candidatos e dos eleitores.
Considerando as quatro pesquisas que foram divulgadas: duas do Ibope, uma do Instituto Guimarães e uma do Instituto Mentor, uma análise atenta chega a conclusões aparentemente óbvias, mas que devem ser tratadas como avaliações de eventos sociais mutáveis por circunstâncias também sociais e que refletem o momento da pesquisa, entretanto, dá indicações para tendências com grandes chances de confirmação.
Então fica entendido que vamos falar de tendência.
Desde antes da escolha dos candidatos pelos seus respectivos partidos e a estruturação das coligações em convenção partidária, já se dispunha de indicativos captados do histórico das eleições regionais anteriores.
Depois de definidas as candidaturas pelos partidos coligados o eleitor já pode observar o potencial de cada candidato que depende do seu histórico político, de sua aceitação ou de sua rejeição, qualificativos acumulados na história recente das disputas ou participação nas disputas eleitorais.
A pré-campanha mostrou os primeiros passos e a campanha direcionou para apoiamento imediato, aqueles que, por ideologia, partidarismo ou simpatia se identificavam com um dos candidatos apresentados pelos partidos e pelas coligações.
Do grupo de cinco candidatos, três se destacaram dos demais, por isso vamos centrar as análises nestes três candidatos: Davi Alcolumbre (coligação Trabalho e União Pelo Amapá), n.º 25; João Capiberibe (coligação Com o povo pra Avançar), n.º 40; e Waldez Góes (coligação Com a força do povo por mais conquistas), n.º 12.
Davi Alcolumbre (DEM), senador da República; João Capiberibe (PSB), senador da República; e Waldez Góes (PDT), no exercício do Governo do Estado, buscando a reeleição.
Dentre os três o candidatos, Davi Alcolumbre é o mais jovem e ainda não assumiu um cargo executivo. João Capiberibe é o mais velho e já foi prefeito da capital e governou o estado por dois mandatos consecutivos. Waldez Góes fica entre os dois em idade e está exercendo o seu terceiro mandato como governador do Estado.
Quando se analisa a rejeição acumulada pelos três candidatos, o candidato Waldez Góes é que acumula a maior rejeição, seguido por João Capiberibe. Davi Alcolumbre, entre os três é o menos rejeitado. Para se ter uma ideia o candidato Waldez Góes tem mais do que o dobro da rejeição do candidato Davi Alcolumbre.
Usando como ponto de partida a primeira pesquisa divulgada (Ibope/Rede Amazônica, em 17 de agosto) e como ponto de chegada a última pesquisa divulgada (Instituto Guimarães/Jornal do Dia, em 30 de setembro) percebe-se, claramente a tendência de crescimento acelerado do candidato Davi Alcolumbre (avançou de 20% para 27,2%); a tendência de queda moderada tanto de João Capiberibe (caiu de 33% para 26,1%) como de Waldez Góes (caiu de 26% para 24,7%).
Os números indicam que haverá segundo turno de votação para governador no dia 28 de outubro entre os candidatos Davi Alcolumbre (DEM) e João Capiberibe (PSB).