As análises fazem parte do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids divulgado dia 27 de novembro como alerta depois de 30 anos da instituição do Dia Mundial de Luta contra a Aids.
O Amapá foi o estado com o segundo maior aumento no índice de detecção de Aids do país,entretanto os amapaenses diagnosticados com o virus estão morrendo menos. As informações são do Ministério da Saúde, que comparou dados apurados, por estado, entre 2014 e 2017.
As análises fazem parte do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids lançado na terça. Atrás somente de Alagoas (32,3%), o Amapá apresentou 25% de aumento na taxa de detecção de Aids, que é um índice que considera o número de casos da doença confirmados em um ano de diagnóstico dividido pela população do estado, e relaciona a cada 100 mil habitantes.
Em 2014 foram registrados 23,7 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2017 o índice chegou a 29,8 para cada 100 mil habitantes.
Oito (8) estados registraram aumento da taxa de detecção de Aids. Dezoito (18) estados, mais o Distrito Federal, registraram redução no índice. As maiores quedas ocorreram nos estados do Amazonas (-27,8%); Espírito Santo (-29%); e Rondônia (-76,3%).
Observando a taxa média do Brasil, na comparação com 2014, houve redução de 12%: saiu de 20,8 para 18,3 casos por 100 mil habitantes.
No ranking dos estados referente às taxas de detecção de Aids em 2017, o Amapá também fica na segunda colocação, com a segunda maior taxa: 29,8 casos a cada 100 mil habitantes; atrás somente de Roraima, que teve índice de 36,8 por 100 mil habitantes.
Há a consciência de que o remédio é uma parte do tratamento e representa 50% do esforço de médicos, paramédicos, pacientes e a própria família. A outra parte é atenção, cuidado, orientação correta.
No Amapá falta atendimento humanizado, respeito, responsabilidade. É uma série de problemas que pioram a vida do portador de HIV e Aids. Na comparação com outros centros, o atendimento em Macapá ainda é muito precário e longe de ser como noutros centros existentes no Brasil.
Apesar da rede pública e as pessoas ainda não estarem preparadas para o diagnóstico e tratamento há confiança nas serviços prestados, muito embora reconhecida a falta de equipamento nas casas de saúde e de treinamento específico para os profissionais.
O Amapá está entre os estados que tiveram redução no índice de óbitos por causa da Aids. No período de 2014 a 2017, houve uma redução de mais de 29,5% no coeficiente de mortalidade no Amapá, que passou de 7,8 para 5,5 óbitos por 100 mil habitantes.
O HIV é o estágio inicial da doença, quando a carga viral é baixa e ainda não destruiu o sistema imunológico do soropositivo. É possível que a Aids não se desenvolva com o tratamento e acompanhamento da carga viral.
Sem o acompanhamento da carga viral e sem o tratamento feito com remédios retirados no SAE, a Aids se desenvolve no paciente, deixando a imunidade baixa e suscetível a contrair doenças como tuberculose e de pele.