Faz tempo que o Estado do Amapá não dispõe de uma oportunidade que permita definir um ponto de inflexão e, a partir desse ponto, retomar o desenvolvimento que o potencializa como uma das áreas mais promissoras e em condições de modificar, para melhor, os seus índices de desenvolvimento humano e de oferta de emprego.
O Amapá dispõe de uma equipe técnica capaz e com suficiente conteúdo para atender todas as exigências técnico-administrativas da gestão, seja no Executivo, seja no Legislativo e no Ministério Público.
O Legislativo local ainda experimenta uma depuração que, apesar de demorada, já apresenta resultados e indica que, pela comparação, pode juntar-se às outras instituições públicas e todos caminharem com um objetivo definido, além do respeito, e com a harmonia necessária para que os resultados indiquem a melhoria da qualidade de vida da população.
O Judiciário acumula prêmios na qualidade de atendimentos e serviços e o Ministério Público está pronto para atender as demandas sociais de todas as áreas, obediente às regras legais existentes, mas também testando comportamentos e ações para enfrentar etapas não tão comuns do cotidiano.
O setor privado tem mostrado a sua competência obtendo resultados que admiram, mesmo em um ambiente onde o comércio é o modo mais forte de empreender.
Todos esses elementos, entretanto, não estão conseguindo ser complementares.
A competição intrainstituições é uma realidade e o setor privado, então, torna-se pouco contributivo e experimenta passos que o colocam à margem suas ações, prejudicando a todos, especialmente ao próprio desenvolvimento.
Mesmo assim temos bons shoppings, boas redes de lojas e atacarejos de boa qualidade na exposição e no atendimento, garantindo assim que o espaço bem tratado contribuiu para a satisfação do cliente.
Agora com a escolha de um amapaense para ser o presidente do Senado da República há, naturalmente, uma face do Brasil voltada para o Amapá e os dirigentes públicos e privados locais não podem perder essa oportunidade para refletir sobre o que podem fazer.
É preciso, entretanto, que todos olhem para o nascente e vejam o mesmo sol.
É preciso que todos saibam que o importante é o Estado e não apenas o Poder que comanda, o órgão que dirige, o shopping que administra ou a rede de loja do qual é proprietário.
O Estado precisa ter uma diretriz. Precisa acabar com as divisões e logo. O tempo é curto e não há qualquer prorrogação que possibilite consertar erros.
O Amapá precisa de um só plano para ser seguido por todos do setor público e do setor privado, de cada uma das esferas de Poder, acabando com essa competição que não leva a qualquer lugar, a não ser garantir a manutenção na rabeira de todas as escalas de comparação.
A compreensão dessa necessidade pode alcançar os órgãos federais, alguns deles encravados e dando palpite sem qualquer análise das questões locais.
O Amapá tem jeito, mas precisa que os seus dirigentes e representantes se apliquem e encontrem o melhor caminho.