O Carnaval chegou e passou, finalmente!
Apesar do esforço de alguns e as necessidades de todos, o ano só começa mesmo depois das festas de Momo. Foi assim mais uma vez!
Desde o primeiro dia do ano, quando houve a posse do presidente da República e dos governadores de Estado e do Distrito Federal, que a população acompanha a assunção de novos dirigentes e representantes do povo para que organize as administrações setoriais e comecem o trabalho prometido para ser executado conforme o interesse da população.
Depois das posses dos chefes do Poder Executivo vieram as posses dos parlamentares da Câmara Federal, do Senado da República e das Assembleias Legislativas e a eleição e posse dos presidentes de cada um destes 29 dirigentes que se completa no sentido de, também, trabalhar pelo que interessa à população.
Faltava o começo do trabalho para os novos presidentes do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Ministério Público que, agora, desde ontem, com a pose dos novos dirigentes do Ministério Público, já conhecem os programas que serão desenvolvidos em 2019.
Ufa! Demorou!
Tomara que agora, passado o Carnaval, se confirme a máxima que a população não deixa de expressar: agora, sim, começou o ano.
Mas o que aconteceu em Janeiro e Fevereiro se nem mesmo o Executivo completou o seu processo de mudanças e mantém muita gente, principalmente aqueles que têm vínculo precário com o Estado na forma de cargo comissionado, função gratificada ou contrato administrativo?
Esses dois meses acabam se constituindo em um espaço de tempo sem qualquer resultado prático, muito embora tenha sido um tempo suficiente para gastar 1/6 do orçamento anual do Estado, o que representa algo muito próximo de um bilhão de reais sem que haja qualquer resultado prático que interesse à população.
Até mesmo as sucessivas declarações de dificuldades por qual passa o Estado não servem para alertar os dirigentes para a necessidade de economizar e transformar essa economia em bens e serviços que interessem à população.
Estamos enfrentando um rigoroso período de chuvas, em que os serviços no campo estão atrasados e os serviços nas cidades completamente parados desafiando aos técnicos do serviço público, principalmente do Governo, a acionarem qualquer dispositivo capaz de melhorar a confiança do povo nos seus dirigentes e, até neles mesmos.
O drama social local apresenta sinais de agravamento sem a população poder contar com as contenções que foram prometidas e que esperam por muito tempo. As redes sociais aumentam o volume das reclamações, identificam prováveis culpados e transformam essas pessoas ou instituições em vilões preferenciais e que passam a receber ataque de todos os lados.
Como as soluções não aparecem, o jeito que a massa encontra é entrar na corrente de reclamação e começar a, também, caminhar em círculos, deixando de lado todos os acertos outrora cometidos e se constituindo em mais um daqueles que grita sabendo que não vai ser ouvido.
Passado o Carnaval observa-se que estamos com os comandos administrativos renovados restando saber a disposição de cada qual, uma vez que já é notório que este processo funciona como uma corrente e que, dessa forma, a corrente é tão forte como o elo mais fraco.