A estrutura econômica e social do Estado do Amapá não vem sendo analisada ou, se analisada, com escassas informações indica que não está pronta para receber as atribuições que são de sua específica atividade e, por isso, produzindo desesperança para significativo percentual da população estadual.
Um das indicadores que lança luz sobre a situação é a folha de pagamento do Governo do Estado que não para de crescer na sua totalização financeira sem que se verifique repercussão na sua eficácia.
O levantamento feito a partir da folha bruta de pagamento indica que a despesa com pessoal não deixa de crescer e não é só pelos aumentos ou progressões, direitos dos funcionários, mas pela variação positiva do número de servidores.
Em março de 2019 a folha bruta de pagamento alcançou o valor de R$ 193 milhões de reais, sendo que, há três anos o total alcançava, em março de 2016, o valor de R$ 169 milhões de reais ou seja, um aumento de 14,20% internalizando a inflação do período.
Com relação ao número de funcionários é preciso obsevar a evolução da tabela com os tipos de vínculo: o duradouro e precário. Duradouro são os funcionários que têm vínculo efetivo. Os que têm vínculo temporário são: cargos, contrato e os federais.
A comparação entre os funcionários que tenham o mesmo vínculo, precário ou efetivo, em março de 2016 com março de 2019, o levantamento indica que, neste período o total deles diminuiu em 390 o que corresponde a uma queda de 1,19%. A maior queda foi devido à transposição de funcionários efetivos da folha do Estado para a folha em extinção da União Federal.
Assim, os efetivos caíram de 26.182 funcionários para 24.809, correspondendo a uma queda de 5,24%; os cargos aumentaram e passaram de 1.750 para 2.315 – um crescimento de 32,28% – e os contratos também aumentaram no mesmo período de 2014 para 2.512, o que corresponde a um aumento de 24,72%.
O crescimento tanto do número de cargos como do número de contratos apurados em outubro de2018, período das eleições regionais e nacional, foi ainda maior.
Essa movimentação que atesta a diminuição total do número de funcionários pagos pelo Governo do Estado, inversamente ao total do valor bruto da Folha de Pagamento indica que, dois fatores estão influenciando, fortemente, no resultado. Enquanto o valor bruto da folha cresce, o número de funcionários, principalmente os efetivos, diminui.