A conta-gotas o governador do Estado vai mudando comando dos 28 órgãos que compõem o Governo do Amapá em 2019. Alguns núcleos ainda não sofreram modificação e, segundo o que se deduz, ainda não foram oxigenados como os que já experimentaram mudanças, exatamente como justifica o governador.
Também percebeu-se um fraco resultado das providências criadas pelo Decreto 0001/2019 que criou o Comitê de Controle e Qualificação de Gastos do Poder Executivo Estadual logo nos primeiros dias do atual mandato do governador Waldez Góes e cuja coordenação fora entregue ao vice-governador Jaime Nunes.
Os 30 dias de prazo se passaram e os “percentuais de corte estabelecido pelo decreto” não foram anunciados, muito embora diverso para cada uma das quatro espécies de despesas consideradas prioritárias e necessárias para na “definição do percentual de corte” como estabelece o decreto.
Os novos dirigentes são apresentados como uma espécie de “bateria em primeiro uso” e que entram com uma dupla função: cuidar melhor das suas respectivas secretarias ou comandos e ainda mostrar para os que já estavam instalados no Governo que está na hora de mudar tudo.
Outro aspecto que se percebe nas escolhas é a predominância técnica e de competência para ocupar os cargos, sem a primazia de ter como instrumento decisivo as questões geradas de acordos políticos ou de compensação política.
A posse e investidura no cargo de Secretário de Estado da Saúde do auditor da receita estadual João Bitencourt ainda vem para um ambiente que precisa de controle rígido devido os episódios não tão distantes que prejudicaram o desempenho do Sistema de Saúde no Estado.
Vai comandar um contingente de 6.973 funcionários, o segundo maior contingente de servidores do Estado. Dispõe de 135 cargos em comissão, 1.039 contratos administrativos; 4.935 funcionários administrativos; e 813 funcionários com vínculo federal que recebem parte do salário do Governo do Estado.
É um dos órgão que precisa de moderna governança em que o líder do grupo precisa de atores de apoio para poder desenvolver o trabalho. As habilidades de advogado, contador e professor podem ajudar bastante na tarefa de coordenador de uma das maiores e mais complicadas partes do Governo Amapaense.
A troca na Polícia Militar é significativa pela importância da Unidade e pelo momento que a unidade vive, de aceitação popular e sendo uma das mais confiáveis dos habitantes das cidades e interiores do Estado do Amapá.
O coronel Matias, um dos mais preparados policial militar do Estado coloca os seus onze anos de experiência no Bope a serviço do Comando Geral. Dispõe de 12 cargos que podem ser ocupados por civis e que se juntam aos 3.135 PMs e forma a grande guarnição a serviço da defesa social no Amapá. É o terceiro contingente de pessoas ente os 28 órgãos que constituem o Governo do Estado.
Daniel Montagner, conquistado junto ao quadro da Embrapa Amapá, é professor e zootecnista de formação e tem sob o seu comando 116 funcionários (21 cargos; 78 efetivos; e 17 funcionários federais). Assumiu o compromisso de dinamizar os setores do desenvolvimento rural.
Rosa Abdon é administradora, com nenhuma experiência no setor público e vem para ocupar o cargo de secretária da Secretaria de Estado do Turismo. É a troca que tem a política como maior viés.