As obras de duas creches de quase R$ 4 milhões estão paradas há mais de 3 anos.
Pelo menos duas creches estão com obras paralisadas no município de Santana e que tem como responsável a prefeitura local. A situação impede a abertura de vagas, pela própria prefeitura, para milhares de crianças, além dos prédios abandonados serem áreas desprotegidas pelos agente públicos municipais e propícias para prejudicar a qualidade de vida da população.
Orçadas em mais de um milhão e oitocentos mil reais, os serviços se arrastam desde 2015 e estão há mais de três anos parados sem qualquer perspectiva no sentido de serem retomadas.
A população, principalmente os pais das crianças em idade de ir para a creche, reclamam do abandono dos canteiros de obras e da falta de explicação do motivo da situação uma vez que as obras já deveriam ter sido entregues há muito tempo. As creches anunciadas pela prefeitura de Santana para o Delta do Matapi e para atender o Proinfância estão no rol dos abandonos sistemáticos e injustificáveis segundo os moradores daquelas localidades.
Rogério Sousa, de 36 anos, mora há 20 anos em frente a um dos prédios abandonados, no bairro Hospitalidade. Para ele, além do desperdício de dinheiro público, a paralisação da obra gera mais perigo para a população.
“São obras grandes. Tem adolescentes usando drogas de dia e de noite e o lugar vira um reduto para bandidos”, disse.
De acordo com a prefeitura, as escolas para crianças de até cinco anos foram financiadas por meio de um consórcio nacional, mas os projetos não foram concluídos devido ao abandono por parte da antiga empresa. A Secretaria de Obras do município esclareceu que está em processo de cancelamento do contrato.
A prefeitura reforça que faz o realinhamento de preço para a realização de nova licitação. Após essa fase, será solicitada a permissão do Ministério da Educação para a liberação de verbas das creches para a conclusão das obras, pois, saldos não existem mais.
Não foi determinado um prazo.
Ainda de acordo com a prefeitura, Santana possui seis creches que também ofertam o pré-escolar. Há também mais três anexos. Neste ano, a demanda registrada foi de 564 crianças para 550 vagas.