Desde o dia 28 de maio até o dia 27 de junho, no site da Prefeitura, os interessados podem se manifestar.
A Prefeitura Municipal de Macapá mantém como capa do seu site a consulta pública da Licitação de Transporte Coletivo do Município de Macapá, orientando para que o munícipe destaque a sua dúvida ou mande a sua proposta de aprimoramento do projeto que está sendo colocado à disposição para análise de todos.
A proposta da primeira licitação do serviço de transporte coletivo em Macapá foi apresentada em audiência pública realizada no dia 27 de maio, no auditório do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa.
A minuta da prefeitura contempla propostas de redução no tempo de viagens, melhoria da acessibilidade, bilhete único e adequação da malha viária, bem como melhoria na qualidade dos ônibus, desde à sua estrutura até aos mecanismos que tornam os usuários mais satisfeitos.
O primeiro encontro contou com a participação de representantes da prefeitura, empresários do ramo e, principalmente, trabalhadores rodoviários.
Para fechar o texto final do documento o município, através dos seus dirigentes, abriu um tempo de 30 dias para receber sugestões e críticas da população. O link no site da prefeitura está recebendo as sugestões e as críticas. Após esse prazo, a previsão é de que, em 60 dias, o edital seja lançado, com todos os detalhes e as formalidades legais.
De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac), qualquer empresa (mesmo as que já atuam na cidade) pode participar do certame, desde que atenda às exigências do edital.
André Lima, diretor-presidente da CTMac, detalhou outros pontos da licitação, como:
1) Aumento do número de carros, com idade média de 5 anos;
2) Implantação do bilhete único, fazendo com que as pessoas paguem tarifa única para se deslocar por vários pontos;
3) Interligação desse bilhete único de Norte a Sul e de Leste a Oeste da cidade;
4) Maior transparência, segurança jurídica para o município e para as empresas; e
5) Controle financeiro da bilhetagem será mais transparente – hoje é feito exclusivamente pelas empresas, e passará para a prefeitura, que terá total abertura às informações.
Essa é mais uma tentativa de realizar o certame e seria a primeira vez que uma licitação do tipo é feita para concessão do serviço tenha seu desfecho com indicação para que haja ou não a sansão do prefeito. Atualmente, as empresas trabalham com uma “concessão precária”, como classifica Lima.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) diz que a iniciativa é importante, principalmente por estabelecer um calendário de reajuste tarifário.
Renivaldo Costa, diretor de comunicação do sindicato, entende como fundamental para a melhoria do sistema.
“Hoje, a grande dificuldade está relacionada com a questão do calendário tarifário. Se houvesse um calendário tarifário que garantisse anualmente um reajuste da tarifa seria possível, por exemplo, ampliar o sistema com a entrada de mais ônibus e até fornecer wi-fi. Tudo isso é possível, desde que haja a discussão do reajuste tarifário, que não ocorre faz dois anos”, disse Costa.
A frota de ônibus que circula hoje em Macapá é de 178 veículos. A intenção do Setap é aumentar para 202, caso o calendário seja estabelecido.

Trabalhadores Rodoviários
O processo causa apreensão nos cerca de 1 mil trabalhadores rodoviários, entre cobradores, motoristas e mecânicos. Eles temem perder o emprego com a mudança de empresas.
“Queremos que seja garantido o emprego de 100% da mão de obra que está empregada hoje. Porque se houver licitação de novas empresas, com certeza vão vir novos funcionários. Por isso estamos aqui, para cobrar que continuemos empregados mesmo com a mudança de administração”, falou Max Délis, presidente do Sindicato dos Condutores e Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Amapá (Sincottrap).