Josiel Alcolumbre – Jornalista
DRT- 0000399/AP

A crise anunciada, pela própria secretária de Saúde em exercício, para daqui a alguns dias, é preocupante, pois, dessa forma, o que parecia impossível pode acontecer: piorar o serviço público de saúde no Amapá.
Um corte de R$ 44,1 milhões no orçamento inicial de R$ 785,5 milhões da Secretaria de Estado da Saúde no orçamento de 2019 está provocando atraso de salário e uma reengenharia dos custos que podem levar à demissão de aproximadamente mil funcionários do contrato administrativo que mantém vínculo com o Governo do Estado.
São 233 médicos, mais enfermeiros, auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem e pessoal de apoio que podem perder emprego e que estão em diferentes posições dentro da administração da saúde no Estado e distribuídos nas unidades da capital e do interior.
Para enfrentar a crise a secretária de Saúde, em exercício, Clélia Gondim, que é a responsável pela área de Gestão e Planejamento daquela secretaria do Governo, já fala no desligamento dos profissionais que mantém o vínculo empregatício precário com o Governo, realocação dos servidores efetivos que tenham duplo vínculo e que ainda ocupem cargo comissionado. Anuncia, também, que servidores efetivos à disposição dos municípios e órgãos também serão chamados e remanejados.
O interessante que a secretária adjunta acredita que com essa redistribuição de pessoal da SESA vai acontecer melhor atendimento ao contribuinte que procura o serviço, poder atender às reclamações ajuizadas pelo MPE e MPF e, ainda atender as recomendações da Controladoria Geral do Estado e do Tribunal de Contas da União.
No momento a Secretaria de Estado do Governo do Amapá tem um quadro de funcionários composto por 135 cargos, 1.089 contratos administrativos, 4.936 efetivos e 813 cedidos pela União Federal. São 6.973 funcionários que custa uma folha bruta mensal de R$ 44,7 milhões.