Os moradores aproveitaram para ir ao médico, fazer exames, cortar cabelo, fazer massagem nos pés e no corpo, limpeza de pele, além de receber orientações sobre o mercado de trabalho.
Atendimentos de saúde, jurídico, formação profissional e estética movimentaram a comunidade da Baixada Pará. Esta foi a segunda etapa do projeto “Colorindo o Futuro”, do Ministério Público do Amapá (MP-AP), em parceria com o SESI-SENAI, apoio do Exército, Prodap, Prefeitura de Macapá (PMM) e empresas.
“Colorindo o Futuro” é fundamentado na necessidade de preservação ambiental na área de ressaca, com objetivo de conquistar, envolver a comunidade e fazer chegar até os moradores, serviços públicos que promovam justiça, cidadania e dignidade. Foi esta a motivação das parcerias firmadas para a realização de limpeza, capacitação, atendimento de saúde e educação.
O projeto foi criado pelas Promotorias de Meio Ambiente e Urbanismo e Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOP-AMB), em abril deste ano, apresentado e aprovado pelo Comitê de Gestão Estratégica em Reunião de Avaliação da Estratégia.
Dividido em três etapas, o projeto possibilitou em maio, em parceria com a PMM, ações ambientais e de limpeza de duas áreas da Baixada Pará, quando foram retiradas cerca de 19 toneladas de lixo da ressaca. Para a segunda etapa foi prevista a oportunidade de formação profissional, serviços de saúde, atendimento jurídico e serviços de estética.
Os objetivos foram alcançados com a parceria com o Sistema S, que levou o projeto SESI-SENAI nos bairros para a comunidade, promoveu a capacitação e ações de saúde, juntamente com o Prodap, Exército e empresas parceiras do SESI-SENAI.
Antes foram ministrados os cursos de Produção de Pizza e Arte e Fotografia, e durante toda a manhã de sábado os serviços de saúde, jurídicos e aprendizado para entrada no mercado de trabalho ficou disponíveis.
Os certificados dos cursos foram entregues durante a ação, e os cursos de Noções Básicas de Carpintaria e Hidráulica, e Edição de Vídeos, serão realizados durante esta semana.
“Na Baixada Pará executamos o piloto deste projeto que queremos levar para outras áreas de ressaca periféricas, onde as políticas públicas não alcançam, o que deixa os moradores com poucas alternativas para melhorar de vida e acabam se acostumando a viver em condições impróprias, jogar lixo embaixo das casas e nas ruas, porque não têm lixeiras, se acostumam com a violência, são discriminados por falta de oportunidades e aparelhamento de serviços públicos de saúde e educação. Eles precisam se enxergar como cidadãos, viver com dignidade, têm que saber que o MP-AP não é inimigo, pode ser um parceiro para melhorar a qualidade de vida, resolver questões judiciais, ajudar a melhorar o ambiente, abrir caminhos para a entrada de serviços públicos”, citou a procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei.
Para a próxima etapa estão prevista a pintura de 100 casas, oficinas de reciclagem de garrafas plásticas, óleo de cozinha e latas, a instalação de lixeiras, retirada de lixo, ações de educação ambiental, oficina de produção de audiovisual e festival de vídeos. O promotor de Meio Ambiente substituto, Hélio Furtado, falou sobre a importância das parcerias.
“Os parceiros foram fundamentais para o sucesso do projeto nas duas etapas que já aconteceram, e com certeza na próxima também. PMM, SESI-SENAI, Prodap, iniciativa privada, comunidade que se mobilizou através das lideranças, só temos que agradecer por estarem sensíveis a estas demandas sociais”.