Rodolfo Juarez
Desta feita vou contar uma história que teve o seu marco inicial em 1959, no dia 11 de dezembro, uma sexta-feira, mas que antes contou com uma preparação decorrente de um planejamento bem elaborado e executado com prioridade. Estou descrevendo a história da família Juarez, que tem como ascendente Heráclito Juarez Filho e Raimunda Pureza Juarez.
A história da nossa família teve início no começo de 1944, com o casamento do meu pai, Heráclito Juarez, nascido em 3 de outubro de 1922, e minha mãe, Raimunda Juarez, nascida em 28 de abril de 1928. O primeiro endereço do casal foi na margem direita do rio Lipo-Lipo, afluente do rio Santana, em Afuá, onde nasceram os cinco primeiros filhos: Rodolfo Juarez (19.05.46), Clodoaldo Juarez (25.02.48), Jurandil Juarez (12.03.50) e Evaldo Juarez (22.12.51), Evandro Juarez (1953).
No planejamento que me referi anteriormente e elaborado pelo meu pai e pela minha mãe, estava a minha matrícula, a do filho mais velho, em uma escola regular, para fazer o Curso Primário. Por isso, em 1954, nos mudamos para a sede do município de Afuá, então com menos de dois mil habitantes, mas com uma escola regular para o ensino primário – o Grupo Escolar de Afuá. Neste grupo fiz a séries A, B e C em um ano e, no ano seguinte, em 1955, fui matriculado no Curso Primário do Grupo Escolar de Afuá, onde, em 1959 concluí as cinco séries daquele curso.
Foi nesse momento que mudamos para Macapá!
Ficou tudo acertado que a viagem trazendo a mudança e minha mãe, meus irmãos e eu, seria realizada logo depois da festa da Padroeira de Afuá, Nossa Senhora da Conceição que, como nos outros anos, seria realizada no dia 8 de dezembro de 1959.
Logo depois da festa, no dia 9 de dezembro de 1959, às 10h30 saíamos de Afuá, meu pai, minha mãe, sete irmãos e eu, com destino à cidade de Macapá, capital do então Território Federal do Amapá, a bordo de uma embarcação regional à vela, chamada Maria Santíssima.
Chegamos à frente da cidade de Macapá por volta das 23h30 e aguardamos até às 4 horas para entrar na Doca da Fortaleza, escorar a embarcação, pois até às 7 da manhã já começaria a encalhar a embarcação. Às 7h30 começou a desembarcar a pequena mudança enquanto minha mãe e os filhos menores eram encaminhados pelo meu pai para a nova casa.
A nova casa não tinha número, era de madeira, com uma sala grande, um quarto, uma sala de jantar, uma cozinha com lavatório e um banheiro e um sanitário fora da casa. Ficava na Rua São José, bem próximo de onde hoje é a Avenida Ataíde Teive, no começo de uma ponte que tinha casa de um lado e do outro, e que levava até o Bairro do Elesbão, hoje Santa Inês.
Naquela época não tínhamos televisão, um aparelho muito raro e caro, difícil de comprar; a geladeira a gás, em regra não tornava se tomar água gelada porque os potes de barro e os filtros, também de barro, substituíam aquele “luxo”.
Em 1959 a principal rua do comércio da cidade de Macapá não era asfaltada, a predominância eram as casas de madeira, mas já tinha o Mercado Central, onde havia uma parada de ônibus (só tinha dois ônibus fazendo linha circular), com uma infraestrutura de sanitário masculino e feminino, e uma lanchonete.
Predominava na Rua São José os trechos com pontes de madeira, no mesmo modelo que são hoje usadas para acesso às casas construídas nas ressacas que ficam dentro do perímetro urbano da cidade de Macapá.
Pois bem, na quarta-feira, dia 11 de dezembro, ficam completados os 60 anos que a família Juarez, constituída a partir de Heráclito Juarez Filho e Raimunda Pureza Juarez, completa 60 (sessenta) anos que chegou a Macapá para residir e onde ainda nasceram mais dois irmãos (Edir e Guanacy) e duas irmãs (Deise e Mitsmara), completando a lista dos 12 irmãos.