Os projetos experimentais executados nos parlamentos mirins, nos três níveis de governo começaram a apresentar resultados.
O que era uma experiência para conhecer o funcionamento do sistema legislativo acabou se tornando uma aspiração política e, agora, ex-participantes de câmaras universitárias e do parlamento universitário — projetos que simulam o processo legislativo e permitem que estudantes atuem como deputados e vereadores durante duas semanas — estão se preparando para lançar candidaturas para as eleições 2020.
De acordo com os orientadores são muitos os pré-candidatos pelo Brasil oriundos desse tipo de programa. Eles devem disputar cadeiras tanto nas capitais quanto nos municípios no interior dos estados da Federação.
Parte deles, mesmo interessada em temas políticos, não se imaginava concorrendo a um cargo eletivo antes de vivenciar a rotina de parlamentar. Há casos de pré-candidatos por partidos considerados da direita, de centro e da esquerda.
Alegam esses pré-candidatos, antes das experiências nos programas, que tinham a ideia de senso comum de que a política não funcionava e o projeto acabou levando à outra visão e agora estão interessados em participar. A mudança de mentalidade acaba levantando à possibilidade de analisar o comportamento dos políticos no Congresso Nacional e a concluir que para disputar uma eleição precisa estar filiado a um partido político.
Outros afirmam que não tinham interesse em ser candidato, demonizando a política, como muita gente faz, mas que, depois da participação nos projetos, conseguiu perceber a relevância dos projetos políticos e a atuação dos parlamentares, mudando o rumo das análises.
Estão tão animados que mesmo como cidadão, podem fazer, e estão fazendo solicitação às administrações públicas e compartilhá-las em perfis das redes sociais, para que outros também possam agira da mesma maneira.
Entre os ex-parlamentares universitários que estão pretendendo candidatar-se também há os que já vinham pensando na carreira política há algum tempo.
Um dos pré-candidatos é estudante de história e conselheiro municipal da juventude e conta que a política está nos seus planos desde que foi representante do seu estado no Parlamento Jovem Brasileiro, do Congresso Nacional, em 2015, e depois da sua participação nos projetos de iniciação e que pode entender como o processo funciona. No caso de Macapá, precisa saber que se for eleito, não vai ser sozinho. Junto consigo tem outros 22 vereadores e tem que saber conversar e congregar forças.
Para os que vão concorrer a uma das vagas oferecidas pela Câmara Municipal de Macapá não esqueça, portanto, de filiar-se a um partido político dentro do seu domicílio eleitoral antes do encerramento do prazo, que já está estabelecido na Lei das Eleições.