Os cursos, gratuitos, abordam temas como as atribuições de um vereador, legislação eleitoral e maneiras de prestar contas.
A oito meses das eleições municipais, partidos ampliam o investimento em cursos de formação política online em busca de candidatos interessados em se lançar em outubro. A virada digital também tem como meta colateral a tentativa, por parte das legendas, de recuperar sua relevância no debate nacional, de fugir da pecha da velha política e de servir como ferramenta para atrair jovens.
Os cursos, gratuitos, abordam desde temas mais tradicionais, como quais são as atribuições de um vereador, legislação eleitoral e maneiras de prestar contas, até a construção de marca pessoal e combate a fake news.
Há módulos que ensinam a gerir redes sociais, a usar mídia paga e a monitorar, por meio de métricas, a audiência e o engajamento de postagens nas redes sociais.
A estratégia dos partidos é semelhante à adotada pelos grupos cívicos ou de renovação política que tiveram sucesso nas eleições de 2018, que ignorou os partidos tradicionais.
Legendas mais tradicionais, como PT, MDB, DEM, PDT, PSD e Cidadania, entre outras, também planejam novidades com a criação ou incremento de suas ferramentas de ensino e interação a distância.
Com o atual descrédito dos partidos, muitos envolvidos em escândalos de corrupção, as formas de filiação praticadas anteriormente, seja nas portas de fábrica ou nos grêmios estudantis, foram, aos poucos, deixadas de lado.
A constatação, mesmo que tardia, da dificuldade quase unânime de renovação interna também é uma das propulsoras das ações digitais.
Treinamentos para a eleição de outubro também são prioridade no MDB. Em janeiro, a Fundação Ulysses Guimarães lançou o FUG Lab, com aulas online e uma etapa presencial em todas as capitais, com módulo sobre fake news.