Rodolfo Juarez
Quem sobreviver à pandemia provocada pelo vírus made in China, vai ter um bom glossário de títulos e histórias para contar para os que conseguirem vencer as ondas provocadas pelo novo coronavírus.
Estes que sobreviverem serão testemunhas da incompetência dos gestores e da preocupação que eles tinham com a próxima eleição, mesmo sabendo que o próximo pleito era para eleger vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, cargos que não interessavam mais para os pensamentos megalômanos de cada um.
Dá a impressão que foi até outro vírus, tão perigoso como o vírus chinês, que atraiu 20 dos 27 governadores dos estados brasileiros para executar um plano que, na cabeça de cada um deles, era perfeito para equilibrar as debilitadas finanças dos estados e de outro tanto de municípios, quebrados por eles mesmos ou por um dos seus parentes, ou aliados, seus antecessores.
O plano, “vendido” como bom, era considerado perfeito pelos imprevidentes governadores do grupo dos 20. Combinaram agir uniformemente, mesmo conhecendo que o Brasil é formado por regiões completamente diferentes.
Para que o plano desse certo, precisavam conquistar os brasileiros. O pacto parece que incluía esquecer os pactos feitos recentemente, em 2018, quando, em outubro daquele ano, foram eleitos para governar 4 anos, mas começaram a pensar em oito, logo depois da posse.
Duas Cartas oferecidas à Nação entraram para a contabilidade do grupo como os dois primeiros fiascos.
Mesmo assim mantiveram a pose, com alguns deles se aliando àqueles que apontavam para o eleitor como formadores da política irresponsável e distante dos objetivos que tinham propagandeado na campanha eleitoral mais recente.
A partir daí os respiradores, raros para os inadimplentes, passaram a ser a saída para consolidar a corrupção. Alguns do grupo dos 20 já estão respondendo, por ação dos órgãos de controle e de alguns da população, pelos desmandos praticados e pela roubalheira que foi desmascarada de várias formas, até a mais escancarada: dinheiro vivo em caixa de papelão. Isso lembra alguém? Lembra algum figurão da política?
O governador amapaense não levou, sequer, em consideração as dificuldades que enfrentava e não se fez de rogado, primeiro como coordenador dos governadores da Amazônia, depois como membro do Grupo dos 20. A passagem mais emblemática está na participação em uma reunião, em Brasília, quando entrou mudo e saiu calado.
Finalmente as cartas públicas cessaram quando perceberam a impotência para enfrentar o inimigo invisível e, alguns dos membros do Grupo dos 20, começaram a receber a Polícia Federal em suas casas e apartamentos.
Aqui no Amapá, como de resto em todo o Brasil, os idosos foram mandados para casa. Dá a impressão que os gestores entenderam que esses idosos já tinham dado tudo o que poderiam dar.
Fica lá enquanto respiras…
Os casos de covid-19 aumentaram e não tinha para onde mandar os acometidos da doença. O assunto foi escancarado para o Brasil com a reportagem feita por um repórter do SBT nacional, mostrando o verdadeiro amontoado de pacientes e acompanhantes, que fizeram um médico local chorar copiosamente, por mais de 5 minutos, tempo inteiro da entrevista, e, também, mostrando a impotência para resolver os problemas por falta de condições, inclusive de equipamento de proteção individual.
Havia alguma movimentação ou mensagem de esperança, quando o amapaense, presidente do Congresso, um parlamentar, por aqui chegava trazendo ministros para ver a realidade ou antecipar inaugurações de obras que nada tiveram a ver com o Governo do Estado.
Ficamos assim, mal-atendidos e descrentes, nas mãos de Deus, ao sabor dos ventos.
Isso não é certo!