Produtividade e vantagem competitiva deixaram de ser prioridade dos negócios durante a pandemia do novo coronavírus.
No lugar, entrou a busca de eficiência em diversos setores: educação, recursos humanos e, principalmente, saúde. Essa análise faz parte do relatório Sinais e Drivers Tecnológicos Covid-19, publicado na sexta-feira, dia 3 de julho, pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná.
O estudo lista nove pilares tecnológicos, baseados no conceito de indústria 4.0, que devem conduzir nosso futuro e podem pautar empreendedores na luta contra a pandemia. São eles: big data e analytics; cibersegurança; computação em nuvem; integração de sistemas; internet das coisas (IoT); manufatura aditiva; realidade aumentada; simulação e sistemas autônomos.
A gerente do Observatório do Sistema da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Marília de Souza, destaca que a pesquisa foi elaborada durante os meses de março e abril, com base no estudo dos sinais do potencial de transformação indicados por uma tecnologia.
Os sistemas autônomos são particularmente importantes agora por conta da segurança dos trabalhadores da saúde. Há robôs enfermeiros que levam medicamentos e fazem assepsia de locais contaminados sem a intervenção direta do ser humano. E o melhor é que podem ser customizados para outras demandas no futuro.
No relatório, a Federação das Indústrias do Paraná evidencia a startup sul-africana Netcare, que desenvolve robôs para exterminação de vírus, bactérias e fungos – entre eles o novo coronavírus. Segundo a federação, o equipamento leva poucos minutos para desinfetar enfermarias, espaços de conferência e outros ambientes.
Entre as empresas brasileiras, o destaque vai para a curitibana Adam Robo Digital (não inclusa no relatório), startup que utiliza inteligência artificial para realizar exames oculares e está incubada na Federação. O projeto está alinhado com a nova economia do baixo contato entre as pessoas.
O Brasil tem capacidade intelectual bastante desenvolvida. Formamos bons profissionais e temos um ecossistema de inovação muito robusto, que está se reinventando e propondo novas soluções.
Segurança de dados
Outro pilar tecnológico que deve ganhar ainda mais evidência no mundo é a cibersegurança, por conta da maior adoção do home office.
Equipamentos pessoais desprotegidos, como notebooks e smartphones, podem servir como porta aberta para hackers acessarem dados da empresa e cometerem crimes virtuais.
Entre as empresas que avançaram com soluções de segurança, a Federação do Paraná deu destaque à Microsoft, NTT e HP. Globalmente, a HP expandiu seus pacotes de proteção e recuperação de computadores por meio de tecnologias de segurança, computação em nuvem e inteligência artificial.
Para apoiar a comunidade, a empresa oferece diversas soluções de cibersegurança para empreendedores e usuários domésticos gratuitamente neste período de pandemia. O HP Sure Click Pro, que protege contra ameaças de segurança baseadas na web, e-mail e documentos, por exemplo, está disponível para download gratuitamente até 30/9.
O digital se faz como condição de sobrevivência das empresas. Precisamos proteger as pessoas porque elas são um prato cheio para hackers mal intencionados. Por isso, temos investidos muito em segurança no end point (extremidade final), como tablets, notebooks e impressoras. Muita gente esquece que as impressoras agora também estão conectadas à internet.
Com a pandemia, as vendas de impressoras a laser e a parte gráfica da HP foram impactadas. No entanto, a procura por impressoras 3D industriais e por equipamentos de escritório, principalmente impressoras domésticas, equilibrou o faturamento da empresa. Muitas crianças que nunca tiveram contato com uma impressora agora são usuárias do equipamento, por conta das atividades escolares.