Josiel Alcolumbre – Jornalista
DRT – 0000399/AP
A reforma eleitoral de 2015 regulamentou de forma mais detalhada as condutas dos pré-candidatos, em relação ao período que antecede a campanha eleitoral, e retirou da legislação alguns limites que restringiam a liberdade de expressão e de comunicação dos cidadãos que pretendem disputar a eleição.
Essas mudanças foram bem significativas no âmbito das redes sociais, onde ficou permitido o acesso aos pré-candidatos.
O papel do Facebook deve ser de protagonista na eleição de 2020, assim como a do WhatsApp. O Facebook possui atualmente uma base de 127 milhões de usuários mensais no Brasil. Este dado foi divulgado pela companhia, que ainda informou que o número foi alcançado durante o primeiro trimestre deste ano.
Com tanta gente conectada, é de se esperar que a rede social no país seja amplamente usada por candidatos de muitas cidades amapaenses.
A campanha eleitoral é permitida nas redes sociais na forma do artigo 57-B da Lei 12.034/09 do Governo Federal, desde que gerida pelo candidato, partido ou coligação, que ainda regulamenta, entretanto é proibida a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga e é proibida a veiculação de propaganda eleitoral em sites de pessoas jurídicas, oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração pública.
Com a facilidade de acesso da ferramenta e a proximidade dos candidatos com seus eleitores, já que são habitantes da mesma cidade, é de se esperar que a rede social seja bastante utilizada, com a realização de debates, exposição de novas ideias de maneira colaborativa, a livre expressão e o relacionamento franco entre as partes.
Porém, candidatos e eleitores precisam ficar atentos com algumas práticas de spam que vêm sendo utilizadas no Facebook. Uma dessas práticas se utilizada da marcação de amigos em fotos, um recurso que deveria servir para mostrar quais pessoas realmente aparecem naquela foto, mas que vem sendo utilizado por lojas que publicam imagens com ofertas e produtos e marcam dezenas de amigos nelas.
O pré-candidato precisa lembrar que as redes sociais são ambientes para relacionamento. Nelas, saber falar é tão importante quando sabe escutar. Um candidato precisa dialogar, respondendo críticas e elogios, propondo questões que estimulem a interação e publicando conteúdo relevante.