Rodolfo Juarez

A campanha eleitoral, no horário gratuito pelo rádio e pela televisão, no segundo turno de votação, para escolha do prefeito do município de Macapá, foi de poucos dias, mas dias que não vão deixar saudades para ninguém.
No tempo em que se completa a segunda década dos anos dois mil, o lógico era esperar respeito aos eleitores, telespectadores e ouvintes de rádios por parte daqueles que estão se propondo a ser o administrador político de uma população que passa, segundo o IBGE, dos 500 mil habitantes.
As alianças oportunistas, como aquelas arranjadas negando todos os seus princípios (se é que têm), disfarçando a frustração de uma derrota em primeiro turno votação.
Alianças que também negam a mais elementar moral, desrespeitando os eleitores e ofendendo aqueles que esperavam dignidade diferenciada ou, pelo menos, postura que é exigida de um candidato para ser o executivo de um município de mais de 500 mil habitantes.
Para um mandato de 4 anos, um candidato a prefeito não deve se permitir ser manipulado em plena campanha, deixando sua própria história de lado e atacando pessoas que nem mais estão aqui nesse mundo para se defender.
E o candidato Furlan, em uma de suas manifestações mais indignas e nojentas, não mediu palavras para ofender a memória de Alberto Alcolumbre, não porque quando morre fica inatacável, mas porque não merecia ter sua imagem sendo manipulada por pessoas que não conhecem a história e importância dele para a sociedade em todo o seu período ativo de vida.
Mas não se contentou só com isso, também procurou desrespeitar toda uma família. Em troca de que?
Imagino que fez isso, uma vez que não teria conhecimento nem burrice suficiente para assim proceder da sua própria cabeça. Fez, certamente, para atender os seus aliados, inclusive os candidatos derrotados que pensam que são ou foram lideranças capazes de conquistar um posto tão importante, como prefeito do município de Macapá, onde está a capital do Estado.
São políticos sem futuro e que por isso vão ganhar o ostracismo de onde, pelo menos alguns deles, nunca deveriam ter tentado romper.
A fiscalização eleitoral, também responsável pelo acompanhamento dos programas que são exibidos no horário eleitoral gratuito pelo rádio e pela televisão, ou o próprio Ministério Público Eleitoral, poderia responsabilizar, especialmente os que assinam se responsabilizando pela mídia exibida.
Eu que já vivi tantas eleições não imaginava que ainda teria o desprazer de ver desrespeitos tão injustos e informações tão mentirosas, no sentido de fazer disso a conquista do voto, se valendo de informações incorretas e incrivelmente fora dos propósitos e que são pagas com dinheiro do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário.
Isso mesmo: os recursos que são aplicados nesses achaques públicos aos adversários políticos, são parte do que o contribuinte paga, em forma de tributos, e que agora são usados não para uma campanha política, mas para uma campanha de difamação oportunista e que mais tarde será justificada por um “desculpe” por alguns, exatamente aqueles que, agora, não têm limites nas suas próprias expressões e de seus aliados que, mesmo perdedores, estão atrás de uma parte boa na gestão da prefeitura de Macapá.
Em uma campanha política o candidato não precisa comportar-se como um santo, mas também, não precisa comportar-se como um irresponsável, onde o que importa é vencer uma disputa.
Ainda bem que hoje acaba esse horário eleitoral gratuito. Isso vai ser um alívio para o eleitor e para os candidatos que não respeitam o eleitor, a história local, sem argumentos, propostas ou vergonha na cara.