O presidente do BC destacou que o Brasil ainda registra muitas mortes a cada dia, mas a tendência é diminuir cada vez mais.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que a retomada da economia brasileira perdeu um pouco do fôlego no primeiro trimestre de 2021, devido a incertezas com relação à evolução da pandemia de covid-19. Ele repetiu que esse mesmo movimento tem sido visto na maioria das economias.
Ele citou ainda o avanço da “reflação” nos Estados Unidos e afirmou que o BC tem olhado esse movimento e conversado com outras autoridades monetárias.
No Brasil, os preços dos alimentos também representaram a maior parcela da alta da inflação, causada pelo aumento do consumo possibilitado pelo auxílio emergencial e pela elevação dos preços das commodities. Para o presidente do BC, esse movimento já tem “contaminado” os preços de outros setores da economia.
O presidente do Banco Central destacou que o Brasil ainda registra muitas mortes a cada dia, mas disse esperar que esse número possa começar a cair em breve.
Considera que o Brasil não foi muito efetivo na limitação da mobilidade, mas a vacinação começa a ser uma realidade no País com mais doses do imunizante sendo administradas a cada dia. “A vacinação no mundo está indo muito rapidamente, e com a redução de internações e óbitos”, acrescentou.

Autonomia
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta (10/02) o texto base de um projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central (Banco Central).
Os deputados ainda vão analisar e votar os destaques, ou seja, mudanças ao texto original feitas durante a discussão na Casa. Depois o projeto precisa passar por sanção presidencial.
A principal mudança trazida pelo texto, que já foi aprovado pelo Senado, é o mandato fixo de quatro anos para o presidente e os diretores do BC, que não deve coincidir com o mandato do presidente do país.

A sede do Banco Central em Brasília. O novo presidente ganha mandato com prazo de validade.