Josiel Alcolumbre
As chuvas da semana passada indicam que a Prefeitura de Macapá tem muito trabalho para fazer logo, além da organização ao enfrentamento da Covid-19.
A população, principalmente aquela que ficou em casa, preferindo não sair para votar no segundo turno, em dezembro, nas eleições que elegeram o prefeito e a vice-prefeita de Macapá, já percebeu o quanto errou e já percebe, com menos de 3 meses de governo, o escolhido pelos que foram votar, não vai dar conta de gerenciar os interesses das pessoas que têm endereço em Macapá.
Empresários tanto do setor comércio, como do setor serviços, como do setor indústrias já estão sentindo na pele a desatenção do dirigente que está no comando da Prefeitura desde o dia 1.º de janeiro e, muito mais, os trabalhadores informais.
Sabia ele que estávamos em estado de pandemia. Sabia ele que muitos dos encargos do combate à pandemia estavam com o dirigente municipal de Macapá, ele sabia que o combate às consequências virais não se tratava apenas de uma questão médica, mas de logística e de confiança nas medidas que deveria tomar. Como médico tinha que saber disso, aliás, ficou gravado o bordão que apregoou: “de saúde eu entendo”.
Não percebeu que a saúde de uma população depende de várias circunstâncias além daquelas relacionadas no dossiê de um médico. Sabe bem agora que não foi eleito para ser um médico do município, mas para ser o prefeito do Município.
Precisa antecipar-se aos fatos e não se justificar com os acontecimentos indesejados de outros tempos, como alagamento de vias e casas comerciais, perdas de mercadorias e serviços, e a necessidade de, mais uma vez, antecipar-se aos fatos.
Não tem tempo, não tem dinheiro, alegações impróprias, pois, a prefeitura sempre trabalhou nesse limite. Devia saber de tudo disso. Essas alegações que faz hoje são repetições de tantas feitas por outros gestores, algumas mais cuidadosas e outras menos. Acontece que a proposta foi feita pelo atual prefeito, sem pressão de ninguém, mas de livre e expontânea vontade não está sendo cumprida.
A população se nega a aceitar as promessas como se fosse demagogia, estratégia para enganá-la em um tempo que o povo rejeita a enganação como o diabo à cruz.
O prefeito precisa repensar suas estratégias, dividir as responsabilidades e respeitar a confiança que a população colocou nele. Ainda há tempo, pelo menos para começar a concretizar o que prometeu.