Fernando França
Não adiantou o Ministério Público pedir a prefeitura de Macapá promover mudanças no processo de vacinação para covid19 e seguir o plano de imunização. A PMM manteve a campanha gerando tumultos, aglomerações e muita revolta em todos os pontos de aplicação da vacina desde o início da campanha.
Na manhã dessa quinta-feira, 6, mais problemas foram gerados no único ponto montado para a aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac para idosos de 60 a 69 anos de idade. A movimentação e tumultos foram registrados desde a madruga. A prefeitura disponibilizou apenas 400 doses da vacina.
Os problemas vêm ocorrendo principalmente na vacinação de idosos. Por conta disso, o Ministério Público do Amapá, o Ministério Público Federal e Defensoria Pública do Estado do Amapá (DPE-AP), entraram com uma ação civil pública, na terça-feira, 5, pedindo que a Prefeitura de Macapá direcione para idosos a partir dos 60 anos todas as doses de vacinas para covid19.
Conforme disse a imprensa a defensora pública Júlia Lordelo, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem como prioridade dentro dos grupos relacionados como prioritários a vacinação de idosos. Segundo afirmou a defensora, a intenção é garantir aos idosos que já receberam a primeira, a segunda dose da vacina.
O principal objetivo da ação é garantir que o ciclo de imunização dos idosos seja completo com a finalização da segunda dose conforme indicação dos laboratórios fabricantes das vacinas. Ou seja, para que as pessoas sejam realmente imunizadas, é necessário que as duas doses das vacinas sejas aplicadas no intervalo de tempo indicado na bula dos imunizantes.
A ação civil pública pede ainda a Justiça estadual transparência nas informações da prefeitura sobre o todo processo de vacinação, desde a chegada no Estado dos imunizantes até a aplicação das doses. Pede, inclusive, transparência na relação de quem já foi vacinado. O documento também solicita que a Justiça aplique multa ao Município de Macapá no valor de R$ 100 mil por dia de atraso, multa de R$ 1,500 ´por dia para os gestores responsáveis pela vacinação, e multa de R$ 100 mil por pessoa vacinada fora dos critérios de prioridades.