Fernando França

Servidores do SAMU e agentes de saúde do município de Macapá fizeram na manhã de hoje uma paralisação de advertência na frente da Prefeitura de Macapá. Eles estão reivindicando uma pauta que, segundo dirigentes sindicais, não está sendo atendida pela prefeitura.

Desde o início da atual gestão do prefeito Antônio Furlan, o sistema de saúde de Macapá é um dos que mais vem deixando de ter atenção dos gestores. Do atendimento em posto de saúde, passando pela falta de medicamentos básicos, a corte nos salários de servidores, a saúde pública municipal vem se tornando um drama para a população.

Mas a precariedade no setor não para por aí. Na manifestação de hoje, os servidores reivindicaram melhores condições de trabalho, pagamento das progressões que estão em atraso, pagamento integral dos adicionais noturno que sofreram corte com o aval do prefeito Antônio Furlan, além de atrasos constantes no pagamento dos salários.

“Já deu! Não estão pagando o que é de direito do servido, estão (a gestão municipal) jogando o problema para debaixo do tapete. O trabalhador está sem EPIs para trabalhar, ninguém está aguentando mais, a situação está caótica. Estamos lutando para ter nossos direitos reconhecidos e respeitados por uma gestão que prometeu (durante a campanha eleitoral) apoiar o servidor da saúde e esperamos que ele compra suas promessas”, disse o enfermeiro Raimundo Xavier.

O vice-presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde de Macapá, Franco Ayeda, disse que no dia hoje, dia nacional do agente comunitário de saúde, deveria ser um dia de alegria, mas está se transformou em dia de protesto em função das mazelas que estão ocorrendo no sistema de saúde da Capital. “Nós não temos nada pra comemorar. O prefeito Furlan se nega a pagar o piso nacional, colocou uma secretária (Karlene Lamberg) que não recebe os sindicatos, tira os direitos dos trabalhadores. Muitos estão com salários atrasados, os adicionais noturnos não estão sendo pagos e as condições de trabalhos são as piores”, completou o sindicalista.