Terapia passou a ser executada por meio do convênio entre o Governo do Estado e a clínica de diálise Uninefro.
O Amapá iniciou nesta quinta-feira, 25, os tratamentos de hemodiafiltração (HDF) em pacientes renais crônicos. A terapia foi viabilizada por meio de um convênio entre o Governo do Estado e a clínica Uninefro, onde o procedimento é realizado após encaminhamento dos hospitais de Emergência (HE) e Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (Hcal).
A hemodiafiltração é o tipo de diálise que mais se assemelha ao desempenho fisiológico de um rim saudável e gera menos intercorrências aos pacientes. O procedimento é a mais recente e moderna forma de tratamento dialítico, pois ela remove mais toxinas do que na hemodiálise convencional.
O Amapá é pioneiro na região Norte na oferta deste tipo de terapia de alto custo e, em nível nacional, é o primeiro da federação a conceder o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A dona de casa Maria Monteiro Gama, de 53 anos, foi a primeira paciente renal crônica atendida pelo procedimento no estado. Em tratamento há 11 anos, ela destacou as diferenças entre este tipo de terapia e a hemodiálise tradicional são notadas desde o começo do processo.
“O que foi mais perceptível para mim, desde o começo do procedimento, é que eu não estou passando mal. Me sinto bem mais confortável e sem mal-estar, ao contrário do que acontecia durante uma sessão de hemodiálise tradicional”, disse.
Cada caso é avaliado por um médico nefrologista, mas normalmente as sessões de HDF duram, em média, 4h e precisam ser realizadas três vezes por semana.
O Governo do Estado mantém duas clínicas de nefrologia, uma no Hcal, em Macapá, e a outra na Clínica da Vida Lourival Duarte Brandão, localizada no complexo do Hospital Estadual de Santana.

Principais benefícios da HDF
O procedimento de hemodiafiltração acarreta menos instabilidades aos pacientes, como quedas de pressão arterial, náuseas, fadiga física e dores de cabeça, que são intercorrências que os pacientes renais normalmente enfrentam em sessões de hemodiálise tradicional.
A médica nefrologista, Gracilene Lobato, explicou que a terapia é indicada especialmente a alguns tipos específicos de pacientes, embora não exista restrições aos demais.
“Pacientes com doença renal crônica avançada e pacientes não elegíveis ao transplante de rim têm a sobrevida aumentada. Já os que apresentam cardiopatia sofrem menos inconstâncias durante o processo. Também é indicada pra crianças, pois afeta menos no crescimento”, ressaltou a médica.

O Estado do Amapá, segundo afirma o representante da SESA é o primeiro a contar com este tipo de tratamento pelo SUS. (Foto: Karla Santos/Sesa)