Josiel Alcolumbre – Jornalista

A cidade de Macapá está exigindo dos seus administradores muito mais do que está sendo lhe dado. Só boa vontade e discurso já não bastam para atender os mais de 500 mil moradores desta, que um dia, foi chamada de “Cidade Joia da Amazônia”.
Os atuais administradores não podem continuar com o discurso de que os alagamentos registrados, sempre que tem uma chuva forte, se deve à coincidência de chuva intensa com maré alta, e pronto.
Esperar pelas não coincidências para que não se tenham os problemas que a população viu e viveu na semana passada não pode estar sendo o discurso dos gestores debitando o problema para o acaso. Nada é por acaso. E, nesse caso, tudo pode ser previsto e, por isso, as providências podem ser tomadas antecipadamente.
O que se tem observado é a falta de competência para o enfrentamento do problema de forma técnica, sem precisar de subterfúgios para explicar aos moradores de Macapá o que verdadeiramente está acontecendo, o que colocaria luz sobre a falta de ação para enfrentar o problema. Por mais que o atual prefeito tenha um ano e meio de gestão, ele já conhece essa situação desde muito.
Mas é preciso fazer alguma coisa, além de caminhar pela água que toma as ruas e avenidas quando a chuva é forte. É preciso dar condições para que a cidade não viva esse caos todas as vezes que tem uma chuva desse tipo. É lamentável a falta de iniciativa para resolver o problema. O que se vê atualmente, quando passa a chuva e a água sai de cima das ruas e avenidas, é um discurso simplório dando a entender de que tudo está resolvido.
É fraco o desempenho do prefeito quando tem um problema dessa monta, ou que exige um pouco mais de técnica de Engenharia Urbana.
Errar no enfrentamento uma, duas ou mais vezes já não é nada normal, agora errar sempre, linearmente, repetidamente, isso chega às raias da incompetência, da falta de zelo, do desconhecimento completo, da ignorância.
É preciso mudar o disco e evitar colocar culpa na coincidência da chuva com maré cheia. Essa condição vai se repetir e os problemas também, se não forem tomadas providências para que seja evitada a invasão das águas pelo interior da cidade e das habitações.