Rodolfo Juarez
Mudou o nome da empresa responsável, mudaram os dirigentes e ordenadores, mais os problemas insistem em continuar da mesma forma, com a mesma imprevisibilidade e com as mesmas dificuldades para explicação dos dirigentes da empresa nova.
Essa empresa, com quase o mesmo nome da antiga, ainda não conseguiu impor o seu método de gestão e nem a missão que está disposta a cumprir, e dá a impressão que está tendo dificuldades para fazer a roda girar e o ponteiro parar numa casa diferente daquela que vinha parando nos últimos anos.
Aliás que, por aqui, as dificuldades do setor de distribuição de energia só era (e ainda é) debitado para as condições da empresa velha, acostumada a vender o que comprava e não pagava, apurar recursos para manter a folha de pagamento de funcionários, portanto, não desenvolvia a lógica empresarial de pagar o que compra.
Vale lembrar que povo amapaense é responsável pelo pagamento de um empréstimo polpudo, feito junto ao BNDES, para suprir inadimplência da empresa, dito na época como absolutamente necessário para evitar a caducidade. O empréstimo foi consumado, mas a caducidade não foi evitada – a CEA perdeu a concessão.
A compradora foi a mesma que veio raspando todas as empresas de energia elétrica que estavam sendo vendidas aqui pelo Norte do Brasil. Assumindo o compromisso de regularizar a distribuição de energia elétrica no Estado do Amapá, convenceu os vendedores que era a melhor e estava disposto a fazer o melhor.
Não sei se o melhor é o que a empresa compradora está fornecendo para a população do Amapá que não sente, pelo menos até agora, a diferença propagandeada, prometida para os vendedores, e em tempo curto.
Os primeiros 5 meses da consumação do negócio já foram vencidos e, acreditem, parece que nada mudou para o consumidor. Parece que não avaliaram que o montante de compromissos anunciados e assumidos foi do tamanho do montante de expectativa criada para os consumidores.
Mas, até agora, o que se tem observado é a manutenção dos mesmos problemas de interrupção, sem qualquer aviso, do fornecimento de energia elétrica para os sofridos consumidores amapaenses.
Ninguém percebeu, até agora, reclamações, por falta de pagamento, da geradora de energia, a Eletronorte. Acho que essa parte a nova empresa está cumprindo e, se for assim, deixou para atender a população “quando for possível”.
Desde janeiro, quando começou a administração da nova concessionária de distribuição de energia elétrica para os amapaenses que, todos os meses, inclusive janeiro, houve interrupção do fornecimento de energia elétrica. Um absurdo para os que moram fora do Amapá, mas, para os daqui é o mesmo modo da velha CEA.