Rodolfo Juarez
Na semana passada discorri, aqui mesmo neste espaço, sobre as eleições para deputado federal, rememorando as ocorrências das eleições de 2018 e projetando o que pode acontecer em 2022.
Houve pedido, repetidos, para que também fosse apresentado, na mesma linha, um trabalho referente a deputado estadual. É o que pretendo fazer daqui em diante.
Em 2018 estavam aptos a votar para deputado estadual 511.824 eleitores, destes 85.442 se abstiveram, 7.100 votaram em branco e 37.337 votaram nulo, o que implicou na apuração, para deputado estadual, de 381.945 votos válidos. Estes votos válidos são aqueles que definiram o quadro de eleitos em 2018.
A disputa para deputado estadual contou, em 2018, com 8 coligações e 8 partidos que concorreram “solteiros”, isto é, não coligaram. Este ano não será mais permitida a coligação e, assim, os partidos ou concorrerão “solteiros” ou em federação, o novo modo de agrupar partidos para a eleição, com a diferença de que é para todo o mandato.
Os votos válidos foram assim distribuídos:
Coligação 1: obteve 50.300 votos, sendo: PDT (12) com 24.838 votos; MDB (15) com 9.872 votos; DC (27), com 8.854 votos e PRB (10) com 6.736. Foram Eleitos 4 deputados estaduais: Marília Góes (PDT), Carlos Oliveira (PRB), Jory Oeiras (DC) e Jacy Amanajás (MDB).
Coligação 2: obteve 42.794 votos, sendo: DEM (25) 25.324votos; PSDB (45) 16.918; AVANTE (70) 552 votos. Foram eleitos: Alliny Serrão (DEM), Júnior Favacho (DEM) e Telma Nery (PSDB).
Coligação 3: obteve 21.611 votos, sendo PV (43) com 11.041, PMN (33) 441 votos e PSOL (50) 10.156 votos. Foi eleito Paulo Lemos (PSOL)
Coligação 4: obteve 22.229 votos, sendo PROS (90) 8.041, PTB (14) 15.030 e PMB (35) 10.158 votos. Foram eleitos: Antônio Furlan (PTB) e Diogo Senior (PMB).
Coligação 5: obteve 34.706 votos, sendo Rede (18) 24.973 e PPL (54) 9.733 votos. Foram eleitos: Aldire Matos (PPL) e Vitor André (REDE).
Coligação 6: obteve 51.967 votos, sendo PR (22) 45.966 e PHS (31) 6.001. Foram eleitos Kaká Barbosa, Luciana Gurgel, Paulo Ramos e Charly Jhonny, todos do PR,
Coligação 7: obteve 24.274 votos, sendo PC do B (65) 8.611 e PRP (44) 15.663. Foi eleita deputada estadual Telma Gurgel (PRP).
Coligação 8: obteve 26.479 votos, sendo SOLIDARIEDADE (77) 7.672 e PSD (55) 18.907. Esta coligação elegeu dois deputados: Edna Ausier (PSD) e Max da ABB (SOLIDARIEDADE).
A seguir os partidos que disputaram as eleições de 2018 “solteiros” com os seus respectivos totais de votos e os candidatos eleitos:
PTC (36), obteve 26.476 votos e elegeu dois deputados: Jaime Peres e Jesus Pontes; PSL (17) obteve 1.909 votos e não elegeu ninguém; PP (11), obteve 23.842 votos e elegeu um deputado estadual, Alberto Negrão; PT (13) obteve 0 votos e não elegeu deputado estadual; PSTU (16) obteve 833 votos e não elegeu deputado estadual; PODEMOS (19) obteve 6.238 e não elegeu deputado estadual; PSC (20) obteve 20.473 e elegeu José Tupinambá; e PSB (40) obteve 18.801 e elegeu a deputada Cristina Almeida.
Assim, é muito provável que o número de votos válidos para as eleições de 2022, para deputado estadual, ficará entre 405.000 e 460.200 e, como consequência o quociente eleitoral (QE), para deputado estadual, ficará entre 16.875 e 19.175 votos.
Depois de computadas as vagas para os partidos pelo quociente partidário (QP) e se ainda houver vagas para serem distribuídas, a definição das vagas será feita depois de serem verificados os cortes. Estes cortes serão feitos da seguinte forma: 80% para os partidos e/ou federações e, 20% para os candidatos.
Então, para esta hipótese, os partidos que irão disputar as vagas precisaram estar com votação entre, 13.500 votos e 15.340 e os candidatos para entrar na disputa precisam estar com votação entre 3.375 e 3.835 votos.