Com mais de 500 mil habitantes, as necessidades da população não são enfrentadas com técnica e responsabilidade.
As chuvas do meio de semana que caíram sobre Macapá foram suficientes para escancarar problemas e mostrar as dificuldades que a população enfrenta quando o índice de precipitação pluviométrica passa um pouco da média.
São ruas alagadas, tubulação de drenagem entupidas, canais sobrecarregados, a lama transportada pela chuva e as autoridades encrencadas dando explicações incorretas e que já não satisfazem os moradores, os mais prejudicados pelo excesso de água da chuva, perdendo mobília e causando transtornos para entrar e sair de casa.
Os agentes públicos municipais, diretamente responsáveis pela adequação da cidade às boas condições de acessibilidade, mesmo nos momentos de chuva intensa, adotam a postura defensiva, debitando ao imponderável o que não pode ser assim classificado e não convencendo mais a população de que a situação vai melhorar “na próxima chuva”.
E o problema não está nas áreas habitadas mais distantes, está no centro comercial, onde fica impossível o trânsito de veículos, motorizados ou não, e mesmo a pé, uma vez que as ruas ficam alagadas e, em muitos casos, as águas invadem as lojas obrigando, quando possível, os funcionários e proprietários a retirar os mostruários e os produtos que estão expostos, para venda, nas prateleiras mais baixas.
As projeções que os executivos fazem, até o prefeito da cidade, não são confiáveis, seja nas próprias projeções e nas propostas.
Técnicos urbanistas daqui avaliam que está na hora do assunto ser tratado tecnicamente para, depois, ser usado como instrumento de política pública e, até, para ser usado em campanha política.
O fato é que Macapá precisa ter os seus problemas urbanos tratados com responsabilidade para que, a curto prazo, não se venha contabilizar prejuízos para populares, comerciantes, donos de veículos automotores, provocando a derrocada dos planos de mobilidade em execução, se á que tem.