Nenhuma medida preventiva está sendo tomada para evitar que os pacientes potenciais cheguem à hemodiálise.
Ontem, dia 9, segunda quinta-feira de março, foi celebrado o Dia Mundial do Rim, comemorado desde 2006. E no Amapá, tímidas lembranças sobre um assunto de imensa gravidade, foram oferecidas à população que nem se apercebe do quanto importante é este assunto de saúde pública.
O anúncio diz que todo o Brasil sabia da campanha coordenada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e que, para 2023, pelo menos uma ação nacional preventiva seria incentivada – a inclusão do exame de creatinina para todos, com a campanha “SAÚDE DOS RINS (& exame de creatinina) PARA TODOS”.
O tema da campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) para 2023 é: CUIDAR DOS VULNERÁVEIS & ESTAR PREPARADO PARA OS DESAFIOS INESPERADOS”.
Por aqui, no Amapá, pouco se falou ou fala da campanha da SBN. A falta de uma Regional da SBN no Estado pode ser um dos motivos pelos quais a população não chegou a ser informada dessa importante movimentação social, uma vez que, o exame de creatinina, pela sua facilidade em ser feito e custo baixo, não seria impedimento para que a Secretaria de Saúde do Estado do Amapá assumisse a vanguarda desse movimento.
No Amapá são mais de 500 os pacientes que já estão no último estágio da doença, que vai do 1.º estágio ao 5.º estágio, conforme o comprometimento das funções renais.
Quatro clínicas de hemodiálise estão instaladas no Amapa: 3 em Macapá e uma em Santana. As três de Macapá: uma na Unidade de Nefrologia do Hospital de Clínica Alberto Lima, outra no Hospital São Camilo e São Luiz e a Clínica Uninefro; em Santana está a Unidade de Nefrologia de Santana, no Hospital de Santana.
Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que o Paraná é líder em transplante renal no Brasil com 51,7 por milhão de população, enquanto a média nacional é de 30,1. Este é o quarto ano consecutivo que o Estado se destaca na área.
Em 2020, o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), que faz parte da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até o dia 12 de março, já havia registrado 83 transplantes de rim no Paraná.
A imensa maioria dos estados brasileiros mais o Distrito Federal têm unidade de transplante de órgãos, entre eles o rim. O Estado do Amapá é um dos poucos que não dispõe dessa possibilidade, condenando os menos favorecidos à morte prematura.