Após 10 anos Carlitão, Álvaro e Cia estão dispostos a mostrar que o que bom merece ser repetido.
A iniciativa trouxe para os foliões uma alternativa que os livra dos bailes e blocos pagos (Jorge Júnior e arquivo/ Banda Placa).
A letra da música ‘Carnaval do Povo’, do álbum ‘Placlarear’, da Banda Placa anuncia que “é carnaval e todo ano já é tradição! Com a Banda Placa, atrás do bloco, lá vem o povão”.
O retorno do Carnaval do Povo aconteceu, após dez anos, no domingo, 21, com apoio do Governo do Amapá, marcando o momento de escrever as novas histórias na Praça da Bandeira, em Macapá, com muita animação e alguma nostalgia.
O Carnaval do Povo surgiu em 1984, um ano após a criação da Banda Placa, uma iniciativa dos músicos Álvaro Gomes e Carlos Augusto, o Carlitão, que trouxeram para a praça uma alternativa aos bailes e blocos pagos.
A proposta sempre foi realizar um carnaval com inclusão social. Tudo começou com uma disputa saudável envolvendo uma charanga do Esporte Clube de Macapá no coreto da Praça da Bandeira.
Na explicação do Carlitão, um dos líderes da Banda Placa, “a ideia do Carnaval do Povo começou com uma brincadeira com o dirigente do Esporte Clube Macapá, Waldir Carrera. Foram dois domingos seguidos disputando quem tinha a melhor charanga. Aí falamos: não podemos perder, aí trouxemos os músicos da banda do Oscar Santos, que era nosso tecladista na época, e o Waldir Carrera trouxe a fanfarra Rebelde, que era o grupo do Ypiranga; depois disso, decidimos fazer melhor e montamos o equipamento da Banda Placa em cima do coreto da praça, que virou nosso palco, aí o povo foi chegando e se reunindo, e aí ficou”.
A Praça da Bandeira, que já foi ocupada no domingo, 21, ocupará por mais três domingos o local, com programação para toda a família. É ponto de encontro. A escolha do local, segundo os músicos, foi um acerto espetacular.
Com mais de 40 anos de história, a Banda Placa e o Carnaval do Povo também são parte da história do Amapá e o retorno do evento faz parte das celebrações dos 80 anos de criação do Território Federal do Amapá que deu origem ao atual Estado do Amapá.
Carnaval do Povo
O Carnaval do Povo acabou se tornando itinerante a partir de 1996, ocupando outros espaços como Praça Beira Rio e o Sambódromo. Na época, imaginavam que a mudança da Praça da Bandeira para outros locais iria dispersar o público, mas a população se manteve fiel e acompanhando onde quer que eles fossem.
Retorno
A programação começou no domingo 21 e segue pelos próximos 3 domingos, com o encerramento da temporada no dia 11 de fevereiro, domingo gordo de carnaval. A Liga Independente dos Blocos Carnavalescos do Amapá (Liba), com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) estão à frene da programação em geral.
Pela proposta para este ano é atender com atividades para crianças e idosos, que terão bailes próprios. Os músicos contam que o público pode esperar muita música e diversão com segurança para relembrar o melhor do carnaval de rua.
