Rodolfo Juarez

Daqui a 250 dias eleitores dos 16 municípios amapaenses vão às urnas para eleger 16 prefeitos, 16 vice-prefeitos e 174 vereadores. São 206 cargos públicos importantes que terão seus ocupantes passando pela escolha dos eleitores, o que vai acontecer no primeiro domingo de outubro, no dia 6.

Em Macapá são esperados 315 mil eleitores habilitados a votar, dos quais, pelo menos 250 mil comparecerão às urnas no dia da escolha do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores que comandarão o município de janeiro de 2025 a dezembro de 2028.

A alta abstenção apurada em 2020, superior a 25%, quando 1/4 dos eleitores habilitados não compareceram para votar, e isso se repetiu, em percentual maior ainda, quando tiveram que voltar para o segundo turno de votação, o que implicou em um comparecimento de 193.210 eleitores apenas e tão somente ou seja, dos 292.718 eleitores aptos a votar, apenas 66% foram às urnas, ou seja, 34% preferiram não sair de casa para votar no segundo turno das eleições de 2020.

Os números da abstenção apurada nas eleições de 2020 precisam ser enfrentados pelo Tribunal Regional Eleitoral, pelos partidos políticos e candidatos, agentes políticos diretamente interessados nas eleições no município de Macapá.

Esses números acendem o sinal de alerta da ilegitimidade no resultado, uma vez que, em uma eleição, em que apenas 66% dos eleitores aptos comparecem para votar, mostra que algo está errado, ainda mais quando se busca o comportamento dos eleitores nas eleições imediatamente anteriores no município de Macapá.

Este ano, até agora, 21 partidos políticos estão aptos a participar das eleições municipais deste ano, sendo que, 7 desses partidos, para as eleições gerais de 2022, estão unidos em três federações partidárias: PT/PCdoB/PV; PSDB/CIDADANIA e REDE/PSOL, o que resulta em 17 unidades partidárias (14 partidos + 3 federações) aptos à disputa pelos 25 cargos que o município de Macapá oferece para as eleições de 2024.

Tem um partido que vai estrear em eleições: o PRD – Partido da Renovação Democrática que adotou o 25 (ex-DEM) para ser usado na urna eletrônica.

No Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP) o PRD tem Comissão Provisória registrada desde o dia 01/12/2023, com vigência até o dia 30/11/2024, tendo como presidente Kelly Danas de Vasconcelos e já registrando a sua primeira baixa com o desligamento da Comissão Provisória de Leivo Rodrigues dos Santos (tesoureiro geral) em 22/01/2024.

Nas eleições de 2020, o DEM, que fundiu com o PSL e formou o União Brasil, foi o que mais elegeu prefeitos no Estado do Amapá. Foram 5: Amapá, Laranjal do Jari, Pedra Branca, Tartarugalzinho e Vitória do Jari; o PP elegeu dois (Ferreira Gomes e Santana); PDT elegeu dois (Calçoene e Porto Grande); os demais elegeram um Republicano (Pracuuba); PSL (Mazagão); PL (Itaubal); CIDADANIA (Macapá); PRTB (Oiapoque); AVANTE (Serra do Navio) e o PROS (Cutias).

Com relação à eleição de vereadores em 2020 em todos os municípios do Estado do Amapá, os cinco partidos que mais elegeram foram: PL e DEM elegeram 19 vereadores cada; o PP elegeu 18; o REPUBLICANOS e o PDT, 17 cada. Ao todo foram eleitos 174 vereadores nos 16 municípios do Estado.