Rodolfo Juarez
Está terminando o mês de março, mas não terminaram as dificuldades iniciadas no ano passado e que não contavam com o prolongamento da situação por tanto tempo.
É frequente se ter conhecimento das dificuldades que muitas famílias vêm enfrentando, a despeito da proposta do Governo Federal de tirar o Brasil da lista de países em que parte significativa da população passa fome.
Esse lugar comum de que o ano produtivo e calculado só começa depois do Carnaval, este ano não foi assim. Não se sabe se por ter sido o Carnaval ainda no começo de Fevereiro ou se as chuvas da terça-feira gorada deste ano, ainda continua a influenciar no desempenho dos governos, todos eles, que continuam voltados para as variações do clima devido a uma série de suposições, sobre as quais os próprios cientistas não se entendem, ou se pela morosidade nas tomadas de decisão que são temidas pelos executivos por imaginar que estão na mira dos órgãos de repressão e controle.
O Brasil e o Amapá precisam andar para frente. Apesar dos esforços, às vezes descontrolados, que são feitos, nada caminha para o que deveria ser o foco do momento que é a satisfação social e o controle financeiro.
A satisfação social, como é mais difícil de ser medida, se lateraliza com pesquisas de satisfação popular que têm outros objetivos e, por isso, sensível à manipulação, mesmo que inteligentemente disfarçada. Diferentemente da satisfação econômica que, necessariamente começa pelo desempenho produtivo, para depois, muito depois, chegar na satisfação das famílias.
É muito difícil conviver com o ambiente de guerra e morte de inocentes sendo empurrado para dentro do ambiente familiar, nas casas, apartamentos ou moradias sujeitas às intempéries que, todos os dias, vencem as autoridades que prometem, durante as campanhas políticas, resolver as questões dos residentes em cidades e no campo próximo.
O reflexo é a confiança dos jovens trabalhadores e trabalhadoras, e os próprios pais desses jovens, terem de que a única oportunidade de garantir um futuro seguro é um emprego público.
Sabem eles, também, que o emprego público só se torna possível em um país que tem o setor primário pujante e um setor secundário forte. É daí que vêm os salários que tem boa parte dele, o salário, transformado em tributos que são primeiro divididos entre os entes públicos para, depois, serem canalizados para o pagamento dos salários dos funcionários público.
Isso quer dizer que sem os tributos, não tem salário e, em consequência, não tem emprego. É a roda viva do momento.
Ainda se convive com tremendas desigualdades entre parte dos entes que não pagam de forma equilibrada, os seus próprios funcionários, com poucos deles ganhando muito acima da média e a maioria deles recebendo salário de miséria e que já não dá para atender o que precisa para sobreviver de qualquer maneira, uma vez que, para sobreviver com dignidade é prêmio imerecido para poucos.
O compromisso que todos deveriam ter com o País e com as regras, inclusive a Constituição Federal, isso está completamente fora dos objetivos e para os mais descrentes, entranhado nos sucessivos arroubos e erros.