Em 2020 mais de um terço dos eleitores com direito a voto preferiram ficar em casa a ir votar para prefeito em Macapá.

Uma abstenção recorde no segundo turno das eleições de 2020 deixou os analistas políticos locais preocupados com o efetivo significado de um pleito eleitoral em cada estado brasileiro e, de um modo geral, em todo o Brasil.

Dos 292.718 eleitores e eleitoras aptos e aptas a votar no segundo turno de votação para a escolha do prefeito de Macapá, nada mais, nada menos do que 99.508 eleitores e eleitoras deixaram de comparecer às urnas e, em consequência não exerceram o seu direito de escolha pelo qual tantos lutaram e lutam, inclusive para manter o processo democrático de escolha.

Já no primeiro turno das eleições municipais de 2020 a abstenção, com os seus 25,81% já havia dado um susto nos observadores da eficácia eleitoral. Ficaram em casa e não foram votar no primeiro turno das eleições municipais de 2020 para prefeito de Macapá, 75.557 eleitores e eleitoras.

Como objetivo de comparar, o candidato mais votado obteve, no primeiro turno de votação, 59.511 votos (29,47%) e o segundo colocado, obteve 32.369 votos (16,03%).

Já tinha sido observado esta situação em 2016 e 2012. Em 2016, a abstenção, no primeiro turno já fora apurada em 16,34% e, em segundo turno, 21,07%. O mesmo já acontecera em 2012 quando a abstenção apurada fora respectivamente 15,37% e 18,27%.

Coincidência ou não, quando aumentou o número de candidatos ao cargo de prefeito de Macapá, aumentou a abstenção, uma relação que precisa ser mais bem estudada. O fato é que em 2012, foram 6 (seis) os disputantes ao cargo de prefeito; em 2016, foram 7 (sete) e, em 2020, foram 10 (dez).

Em 2024 estão com pedido de registro de candidaturas 8(oito) candidatos. O alerta está ligado.

A abstenção é um problema a ser enfrentado também pelos organizadores das Eleições, no caso o TSE e os TREs (Foto: JAA)