Rodolfo Juarez – interino
Uma das expectativas que vive o eleitorado, os partidos políticos e federações de partidos políticos, além dos candidatos e cabos eleitorais é com relação à abstenção que vem em uma crescente desde as eleições municipais de 2012.
Os 33,99% de abstenção (eleitores e eleitoras que, mesmo aptos e aptas a votar, não compareceram aos locais de cotação e não votaram). Em números isso representou uma ausência de 99.958 eleitores e eleitoras que deixaram de votar em 2020. Em um colégio de 292.718 eleitoras e eleitores. Para se ter uma ideia do quão isso representa para o resultado da eleição, o candidato vencedor, em segundo turno de votação, para o cargo de prefeito de Macapá, somou 101.091 votos.
Mas isso não pode ser um fenômeno atribuído exclusivamente ao apagão de 2020 que, inclusive, levou a eleição para ser realizada em novembro. Foi o único caso de adiamento do pleito em todo o Brasil, e só em Macapá
No primeiro turno já havia sido registrada uma abstenção, isto é, eleitores que ficaram em casa e não foram exercer o direito do voto, com uma ausência do tamanho de 75.557 eleitores que tinham direito a voto, ou seja, 25,81% do total.
Antes, em 2016, o primeiro turno já registrara uma abstenção de 16,34% e o segundo turno, de 21,07%. Em 2012, em tempos mais comportados da eleição, já se havia anotado uma abstenção de 15,37% no 1.º turno e 18,27% no segundo turno.
Em 2024, ao que parece e mais uma vez, o Tribunal Regional Eleitoral não está preocupado com este fenômeno. Pois é um fenômeno, nas eleições municipais, Macapá, capital do Estado do Amapá, registrar uma das mais elevadas abstenções do País.