Rodolfo Juarez – interino

Cada dia mais perto da eleição e os candidatos a prefeito mais agitados. Daqui até lá são 17 dias intensos, de muito aperto de mão e abraços, e até mesmo os favoritos começam a ficar preocupados. Alguns com a queda na popularidade e outros com as dificuldades para ganhar pontos que possam lhe permitir mais otimismo.

As disputas eleitorais, principalmente aquelas que definem prefeitos, são assim mesmo. Dificilmente o panorama muda de uma eleição para outra. A influência dos candidatos novos é sempre uma incógnita: ninguém sabe como o eleitor vai avaliar as propagandas, as campanhas e as propostas no dia da eleição.

Mas é exatamente a perspectiva da incerteza que leva o eleitor a deixar para o momento de votar a sua escolha e, em muitos momentos prefere deixar para prestar constas com a Justiça Eleitoral depois da eleição, avaliando que a multa que lhe é cobrada (e ainda se cobra multa de quem não vota no Brasil) não terá dificuldades para pagá-la e permanecer quites com a Justiça Eleitoral.

A democracia que nos é propagandeada, principalmente aquela desenvolvida e esperada pelos que produzem as mídias para os organizadores das eleições, ainda considera o voto obrigatório para que os brasileiros sejam cidadãos na forma da lei.

A despreocupação daqueles que se candidatam em motivar o eleitor a sair de casa para votar pode estar contribuindo, fortemente, com as últimas e elevadas abstenções que se apura em todo o Brasil e, especialmente em Macapá. Parece que a mídia está mais  interessada na compensação financeira, advinda da eleição, do que na democracia como fortaleza do cidadão.