Tanto para a situação como para a oposição a volta de Davi ao comando do Senado e do Congresso é dada como certa.
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil) continua acumulando apoio oficial de um partido em prol de sua candidatura pela presidência do Senado.
O parlamentar, que comandou a Casa entre 2019 e 2020, é tido como favorito na disputa e já tem o apoio do PP (sete senadores), do PSB (quatro senadores) e do PDT (três senadores).
Com quatro cadeiras, o Republicanos também deve declarar apoio à candidatura do amapaense. Maior partido de oposição, o PL, com 13 senadores, já oficializou apoio.
Para serem eleitos, o presidente e os demais cargos da Mesa Diretora precisam da maioria absoluta dos votos (ou seja, 50% mais um dos votos válidos).
O líder da bancada do PT no Senado, Carlos Portinho (PT-RJ), explicou que o partido deseja compromisso com as pautas de interesse.
“Não estou preocupado se eu vou ter espaço em comissão, cargo”, explicou Portinho. “Eu quero saber se as pautas que nos dizem respeito serão tocadas, se elas vão avançar no Senado. A conversa deve se situar em torno disso.”
Um dos compromissos a ser assumido pelo candidato escolhido, conforme o senador, deve ser o respeito à proporcionalidade no comando das comissões. Em 2023, o PL decidiu ter candidatura própria e, após perder, ficou sem a presidência das comissões permanentes e sem espaço na mesa diretora.
Além disso, de acordo com o parlamentar carioca, o apoio ao projeto de lei que anistia os presos do 8 de janeiro também será colocado na mesa de discussões.
“A gente deve nos reunir e tratar desse assunto para depois encontrar os candidatos e conversar com eles a respeito dos nossos compromissos com relação a pautas”, explicou.
Em entrevista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que Alcolumbre deve comandar o Senado em 2025 e defendeu que o partido fique com a vice-presidência na chapa.
O ex-presidente lamentou que, em 2023, a legenda ficou sem espaço na Casa e disse que o PL ficou como “zumbi” durante dois anos. Bolsonaro indicou que o partido deseja ainda o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa. Além disso, que anseia filiar mais senadores para se tornar a maior bancada do Senado.
“A eleição do Davi Alcolumbre é 100%, 99% certa. Se a gente lançar chapa de novo, são mais dois anos com água e palito”, destacou Bolsonaro.
Alcolumbre também é aliado do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deve apoiar sua eleição. Atualmente, o amapaense comanda a CCJ da Casa.
Assim como a oposição, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não oficializou o apoio a Alcolumbre.
Ainda concorrem com o parlamentar os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS). As duas últimas planejam emplacar uma candidatura feminina.