Rodolfo Juarez

Foi dramática, mas espetacular, a vitória do Botafogo do Rio de Janeiro, sobre o Atlético Mineiro, de Minas Gerais, pelas circunstância do jogo e pela enrascada em que todos, logo no primeiro minuto de jogo, imaginavam ter se metido o Botafogo.

Foi logo no primeiro minuto do primeiro tempo, aos 29 segundos, depois do primeiro silvo do apito do árbitro argentino, Facundo Tello, no estádio Monumental de Nuñez, na Argentina, que o volante Gregore, o camisa 26 do Botafogo, levara o cartão vermelho mais rápido da história dos jogos da Libertadores depois de atingir o rosto de Fausto Vera com as travas de sua chuteira.

O volante Gregore explicou o lance após a partida afirmando ter contado com o apoio dos companheiros de time. “Foi um lance rápido, eu estava de costas, a bola passou por mim e, quando virei, já fui fazer a ação. Foi um lance muito rápido, em que estiquei a perna, consegui tocar na bola, mas acabei tocando a cabeça do Fausto. Fui infeliz no lance e acabei sendo expulso, mas, saindo de campo, os jogadores, nesse trajeto, já estavam dizendo que iam correr por mim. Isso me deu um alívio, porque esse sentimento de desespero, em uma final de Libertadores e deixando o time com um a menos é complicado. E, como o Luiz falou, estava escrito. Queria estar dentro de campo com meus companheiros, mas estou muito feliz por tudo o que vem acontecendo com o clube, comigo e com meus companheiros. E, graças a Deus, saímos campeões”.

Os minutos que se seguiram foram dramáticos. Os torcedores do Botafogo, maioria no estádio, queriam ver como o time iria se comportar com um jogador a menos do que o adversário, o Atletico Mineiro.

Nos 20 minutos que se seguiram o Atlético veio para cima do Botafogo, mas, o que deixou transparecer a maioria dos jogadores atleticanos foi uma ansiedade para tirar proveito da vantagem inesperada.

A maioria dos jogadores que estava em campo tem conceito formado sobre esse tipo de vantagem e, também sabe, que se não for logo materializada com marcação de gol, a situação vira e o adversário recupera a confiança e vem para o jogo como se estivesse com o time completo.

Passados os primeiros 30 minutos, o Botafogo já no segundo estágio da emoção e com a confiança recuperada, acreditou que podia fazer o seu jogo. Assim fez. Aos 35 minutos do primeiro tempo, fez o primeiro gol, Luiz Henrique e, logo depois, de pênalti sofrido por Luiz Henrique, Alex Teles, faz o segundo.

Com um jogador a mais, dois gols contra no placar e trocando 3 jogadores do time, o Atlético voltou para o segundo tempo confiante. Era o que lhe restava. Logo no começo desse tempo, Vargas, de cabeça, marca para o Atlético e logo veio o sentimento de que “agora vai”

Que nada, não foi!

O Botafogo marcou o terceiro já nos acréscimos e a um minuto do final, fechando placar em 3 x 1. O Botafogo, depois de ver seus jogadores medalhados e recebendo o troféu de campeão e um bom prêmio em dinheiro, abriu para as comemorações e os festejos.

Parabéns aos torcedores do Botafogo. Justo o resultado!